Sexting - Estudo mostra o crescimento e impacto do sexo via smartphone

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 5 min.
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- "Olá, tudo bem?"
-"Tudo, e contigo"?
-"Manda nudes que já fica melhor" -"(...)"

Sexting, a troca de mensagens de teor sexual é cada vez mais uma realidade. De prática controversa a novo padrão nas relações modernas entre os mais jovens. Agora, de acordo com um estudo publicado pelo Kinsey Instituteda universidade norte-americana do estado de Indiana vemos uma nova realidade que une sexo e smartphone na mesma palavra.

A nossa libido passa cada vez mais pelo Snapchat, WhatsApp, Instagram, Messenger e menos pelo tradicional jantar romântico e pelo ramo de rosas. Números que falam por si.

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Envias nudes? Fazes sexting? Não te preocupes, estás longe de ser o único. Este estudo vem comprovar isso mesmo ao revelar que 67% dos participantes afirmaram já o ter feito. O mesmo Kinsey Institutefez este estudo em 2012 onde apenas 21% admitiu esta prática de envio de mensagens de teor sexual através das redes sociais como o Snapchat, a rede mais utilizada para estes fins.

"Sexting" é uma prática cada vez mais comum entre jovens

A prática de sexting registou um aumento significativo de 21% para 67% segundo o estudo da Kinsey Institute e da Clue, uma startup alemã dedicada à saúde feminina cuja App para smartphone Android e iOS é bastante popular.

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Popularidade do SnapChat no Sexting - Crédito: Kinsey Institute e Clue

São mensagens picantes, de teor claramente privado, íntimo ou sexual. Trocadas entre pessoas de todos os géneros, idades e orientações sexuais. "A tendência está a crescer e sugere que a introdução do smartphone nas nossas vidas privadas está a tornar-se normal", afirma Amanda Gesselman, uma das investigadoras do Kinsey Institute. "Sexo por smartphone ou Sexting está a tornar-se no novo patamar / padrão nas nossas vidas românticas e no funcionamento das relações", acrescenta.

Resultados do estudo mostram-nos um novo paradigma social, uma cultura adepta do Sexting, o sexo via smartphone.

O novo estudo académico reuniu as respostas de mais de 140 mil participantes oriundos de cerca de 200 países diferentes.

Foram-lhes colocadas questões variadas, desde as preferências de Apps para sexo por smartphone (sexting) ou simplesmente se utilizavam alguma App / aplicação para melhorarem a sua performance sexual ou conhecimento sobre o género oposto.

Apesar de a maioria dos norte-americanos ainda utilizar o método antigo para Sexting (via SMS), o estudo revela que o Snapchat é a rede social favorita para este tipo de conversas privadas. Mais ainda, a rede social continua a crescer a olhos vistos, sobretudo entre os mais jovens.

Cerca de 43% dos inquiridos com idades inferiores a 20 anos confessaram utilizar o Snapchat para isto mesmo. Resultado que não encontra uma expressão tão significativa em qualquer outro grupo etário.

Smartphone, Tecnologia e Sexo - Qual a relação?

Cerca de 30% de todos os 140 mil participantes utilizam aplicações / Apps para smartphone com o intuito de encontrar novos parceiros. A tecnologia é cada vez mais uma porta para partilha de conhecimento e o sexo não é excepção. As intenções dos inquiridos variam mas são consistentes num ponto. Os "amigos coloridos" são a categoria menos desejada / procurada.

"Utilizar Apps para encontrar parceiros de relações curtas ou duradouras mas não "amigos coloridos", algo que pode demonstrar uma confiança crescente no uso da tecnologia para o estabelecimento de novas relações em vez da tradicional espontaneidade e não só para sexo casual", afirma Amanda Gesselman

O estudo revela ainda que 46% dos suecos inquiridos utilizam Apps ou aplicações como o Tinder ou o OKCupid para encontrar novos parceiros. Por outro lado, os russos são o povo que menos interesse demonstra neste uso da tecnologia com apenas 3% a utilizar as Apps para smartphone com o intuito de encontrar alguém.

Educação Sexual via Smartphone

A tecnologia e o smartphone não servem apenas para o mais básico dos instintos de conservação da espécie. Analisando os dados deste estudo, e tal como é referido por um dos investigadores, as pessoas estão cada vez mais interessadas em informar-se sobre os hábitos e padrões sexuais de outras culturas.

Este tendência regista-se em todas as faixas etárias, independentemente da experiência sexual do inquirido, tanto os inexperientes (17%) como os mais experientes (19%), revelaram utilizar Apps no seu smartphone para aprenderem um pouco mais sobre sexo e as suas imensas variações.

A maior disparidade é registada entre Homens e Mulheres. Aqui, 27% dos inquiridos masculinos revelam ter utilizado uma App para aprenderem mais sobre sexo ao passo que apenas 18% do sexo feminino faz o mesmo.

Algo que se deverá sobretudo aos padrões culturais e regras de conduta em que o Homem é pressionado para ter uma vida sexual ativa e pujante enquanto que a Mulher encara isto como um tabu, devendo resguardar a sua privacidade.

E as minorias?

Este estudo revela ainda que o uso de Apps de relacionamentos e encontros é bastante Sexo Sexting Smartphone Estudopopular entre as minorias. Aliás, 44% dos inquiridos bi ou pan-sexuais revelaram utilizar Apps para este efeito no seu smartphone. Tendência que se acentua nos homossexuais com 49% a utilizar o smartphone para encontrar o seu parceiro(a) online.

"Isto demonstra o potencial da tecnologia para criar um ambiente mais confortável e um espaço mais seguro para a comunidade LGBT", avança Gesselman. Poderão encontrar o documento original com respetivos info-gráficos, aqui.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.