Sistema ‘Autopilot’ da Tesla pode confundir os condutores, afirma estudo

Bruno Coelho
Bruno Coelho
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Um estudo levado a cabo pelo Instituto de Segurança Rodoviária dos Estados Unidos (IIHS) revela que o nome Autopilot (piloto automático), pode levar os consumidores a sobrestimar as suas capacidades.

De um total de 2 mil questionados, 48 por cento acha seguro para um condutor tirar as mãos do volante quando o piloto automático da Tesla está ativo. Curiosamente, 6 por cento dos condutores entrevistados disseram ser seguro fazer uma sesta com o Autopilot ativo.

O nome Autopilot é visto pelos críticos da Tesla como algo que leva os mais desinformados ao erro. Este é um sistema de assistência ao condutor, que não dispensa que as mãos sejam retiradas do volante. No entanto, o estudo revela que o nome do sistema inspira a que os condutores sobrestimem o seu poder.

Como foi conduzido o estudo

O Instituto de Segurança Rodoviária dos Estados Unidos falou com 2 mil condutores. Foram questionados sobre os sistemas de assistência à condução destas 6 marcas:

  • Autopilot (Tesla)
  • Traffic Jam Assist (Audi e Acura)
  • Super Cruise (Cadillac)
  • Driving Assistant Plus (BMW)
  • ProPilot Assist (Nissan)

Autopilot não dispensa que o condutor mantenha as mãos no volante

Estes são todos sistemas de nível 2 no que toca à automação rodoviária. Conseguem assistir o condutor em múltiplas áreas da condução. O condutor deve, no entanto, controlar todo o ambiente da condução e estar ativamente pronto a agir com as mãos no volante.

O que este estudo pretende comprovar é que os nomes destes sistemas – em particular o da Tesla, levam os condutores ao engano. Dos entrevistados, 34% acham bem estar a falar ao telefone dando o controlo ao Autopilot.

Felizmente apenas 8% dos condutores acham bem ver um vídeo no smartphone e 6% vêm com bons olhos a possibilidade de fazerem uma sesta ao volante. No entanto, um sistema como o da Tesla (e os restantes) requer que condutores mantenham as mãos no volante a todo o instante.

O estudo entrevistou os condutores apenas dizendo-lhes os nomes dos sistemas, e não as marcas envolvidas. Não foi dito quantos dos condutores já conduziram um Tesla, pelo que dessa forma o nome pode mesmo induzir em erro. Ainda assim, já vários condutores Tesla tiveram acidentes fatais por sobrestimarem o sistema.

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Bruno Coelho
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Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.