A Google tem o hábito de fazer um enigma todos os anos para desvendar a data do seu evento anual. Normalmente alguma pista escondida em código de programação.
O Google I/O (In/Out) é a altura onde a empresa de Mountain View apresenta as suas novidades para o ano actual. Este ano o Android Q e possíveis novos equipamentos serão alguns dos destaques.
Contudo, este ano parece que as relações públicas da Google não vão ter muito trabalho. Segundo o Androidheadlines O programador Till Kottmann "passou a perna" aos enigmas e revelou a data.
O Google I/O irá decorrer entre 7 e 9 de maio
Cerca de uma hora depois da página do Twitter Google Developers começar a criar antecipação, Kottman respondeu com os detalhes do evento. Nesse sentido, conferindo um final bastante anti-climático ao "desafio".
Adicionalmente, os frutos da investigação do habilidoso programador também nos revelam a localização do evento. O mesmo irá decorrer no Anfiteatro Shoreline, localizado, convenientemente em Mountain View. A Google tem tentado estabelecer o evento mais perto de "casa" ao longo dos anos.
Mas como aconteceu?
Podes estar a pensar como é que um único programador conseguiu revelar um segredo de uma empresa como a Google? A verdade é que erros são cometidos a toda a hora no mundo da tecnologia. Ainda recentemente mencionamos empresas como a Samsung e Huawei a enviar tweets públicos através de iPhones.
Neste caso o que aconteceu foi que Kottman teve acesso a código erroneamente tornado público através da Google Cloud Storage, onde estão armazenadas as APIs. Eventualmente foram apagados mas já foi demasiado tarde.
É engraçado como duas linhas de código separam o conhecimento da ignorância. Embora isto não seja um escândalo de fuga de informação, não deixa de ser um exemplo do que pode acontecer quando há algum descuido.
Em suma, podemos esperar que a Google seja um pouco mais "discreta" este ano. O evento I/O tem tido cada vez menos foco no desenvolvimento e mais como plataforma de lançamento para novas oportunidades de monetizar serviços.
No meio de controlo de recursos humanos, tensões entre China e EUA e problemas de privacidade e segurança, a última coisa que a Google quer é mais olhos em cima.
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