China responde à detenção da "herdeira da Huawei"

António Guimarães
António Guimarães
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O clima tem estado tenso entre a China a América do Norte. Desde que o Transforma smartphones antigos num avançado sistema de segurança

O Canadá afirmou que "pelo menos" 8 desses 13 cidadãos já foram libertados. Possivelmente numa tentativa de apaziguar as coisas, o governo canadiano não afirmou nenhuma ligação entre estas detenções e a de Meng Wanzhou.

A CFO da Huawei está em liberdade condicional e não pode sair do Canadá

Tudo isto começou no dia 1 de Dezembro quando Meng foi detida no aeroporto de Vancouver. Inicialmente pensou-se que tinha sido por ordens dos EUA, Donald Trump. Na verdade a detenção deveu-se à Huawei desviar-se das sanções de negócio contra o Irão e a Coreia do Norte.

Em primeiro lugar a empresa conterrânea ZTE foi culpada das mesmas ações e a sua presença nos Estados Unidos foi praticamente extinguida. Um acontecimento desses não seria bom para a imagem pública da Huawei, embora eles tenham uma presença quase nula no mercado norte-americano.

Eventualmente Meng Wanzhou saiu em liberdade condicional com uma fiança de 7.4 milhões de dólares. A magnata também tem de usar um monitor no tornozelo e respeitar um recolher obrigatório das 23 da noite às 6 da manhã. Tudo isto em uma das suas casas em Vancouver.

Uma situação complicada para o Canadá e a Huawei

O Canadá tem um acordo de extradição com os Estados Unidos. Caso solicitado, o Canadá pode enviar Meng para responder às acusações nos EUA. Todavia, o Canadá é um dos únicos países norte-americanos a ter mercado da Huawei. Sejam infraestruturas, redes ou mesmo venda de smartphones.

Sendo assim, qualquer uma das escolhas não será positiva para o Canadá. Correm o risco de alienar os EUA ao parecer que estão a "proteger" Meng. Caso a extraditem ficam em maus lençóis com a Huawei, uma empresa com negócio presente no seu país.

Posteriormente, os Estados Unidos lançaram instruções de cautela para quaisquer americanos que viagem para a China. Colocaram ênfase na prática de manter supostos ofensores dentro da China durante anos ou acusações sem fundamento. O ministro das relações exteriores chinês respondeu que a China aceita todos os estrangeiros e que espera que os mesmos cumpram as leis.

A situação Huawei, China e Estados Unidos

É do conhecimento público que os Estados Unidos não querem a Huawei a operar no seu mercado. Devido às ligações da empresa com o governo chinês, há suspeitas que os produtos Huawei podiam ser usados para espiar os cidadãos americanos. Algo que o governo americano já faz através da NSA (agência de segurança nacional). É de salientar que a Huawei fabrica os seus próprios processadores, os Kirin. A Samsung também os faz mas nos Estados Unidos eles são "obrigados" a utilizar os Snapdragon da Qualcomm.

De um ponto de vista de negócio, a Huawei afirma que isto tudo se deve ao facto da Samsung e a Apple temerem a competição. Ambas as empresas mantém os Estados Unidos debaixo das suas asas devido à quantidade de contratos com operadoras. A Huawei é agora a segunda maior fabricantes de smartphones do mundo. Em suma, cada vez mais existe uma necessidade de resolver estas questões e permitir que todos os países usufruam livremente dos equipamentos vendidos por cada marca.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.