A indústria automóvel acaba de receber um novo e poderoso competidor, a Xiaomi. O primeiro carro elétrico da marca já foi apresentado oficialmente. Mas antes disso, ficamos também a saber quanto custou desenvolver o SU7 e SU7 Max
Numa entrevista à CCTV, no programa 'One On One', Lei Jun, fundador da Xiaomi, foi convidado. O executivo partilhou detalhes sobre este ambicioso projeto. A Xiaomi apostou fortemente na produção do seu primeiro carro elétrico, que envolveu mais de 3400 engenheiros.
Quase 1,3 mil milhões de euros gastos em desenvolvimento no Xiaomi SU7
Sem grandes segredos, o executivo também revelou os custos da operação. Lei Jun afirma que, em despesas em pesquisa e desenvolvimento, os números ultrapassaram os 10 mil milhões de iuanes (aproximadamente 1,3 mil milhões de euros).
Quando comparado com investimentos típicos de outras fabricantes automóveis, a estratégia da Xiaomi destaca-se. As empresas tradicionais alocam cerca de 300 a 400 pessoas e 1 a 2 mil milhões de iuanes para o desenvolvimento de um novo veículo. A Xiaomi decidiu multiplicar estes números por dez.
Lei Jun olha para os veículos elétricos como "grandes smartphones com quatro rodas"
Esta abordagem audaciosa é uma resposta direta à sua perceção de que os veículos elétricos inteligentes são, essencialmente, "grandes smartphones com quatro rodas". Lei Jun não esconde que a construção de carros é uma tarefa desafiadora.
Há três anos, o executivo já considerava esta empreitada como "bastante difícil", o que o levou a adotar o princípio de "aderir à norma ao mesmo tempo que surpreende". Esta filosofia significa respeitar as regras da indústria automóvel, utilizar tecnologias maduras para garantir a qualidade do primeiro carro, e, então, inovar com base nesse alicerce sólido.
A Xiaomi, apesar da pressão macroeconómica global, acredita firmemente que um investimento intenso em tempos difíceis pode levar a resultados notáveis e preparar a empresa para uma recuperação do mercado. Este otimismo é refletido no recente relatório financeiro da marcas, que mostra um aumento modesto nas receitas. Marca também um regresso ao crescimento após seis trimestres consecutivos de desempenho em declínio.
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