Tal como apontam hoje várias cadeias de informação americanas, o negócio de aquisição da ARM pela Nvidia está a causar receios na indústria. As principais vozes que se insurgem contra este negócio são de gigantes como a Microsoft, Google e Qualcomm.
Anunciado em setembro último, o negócio de aquisição da ARM pela Nvidia carece ainda de autorização dos reguladores. São estes que as gigantes americanas tentam sensibilizar para as desvantagens que a aquisição poderá significar para todo o mercado tecnológico.
Empresas receiam ver barrado o seu acesso à tecnologia da ARM
Os smartphones estão hoje imensamente dependentes da tecnologia da ARM. Os processadores para eles desenvolvidos utilizam a arquitetura da empresa britânica e até o segmento da informática começa a dar os primeiros passos numa transição para a mesma.
Assim se compreendem os receios que empresas como a Qualcomm ou Microsoft possuem acerca deste negócio. Estas, tal como apontam as fontes, justificam os seus medos com uma eventual proibição no acesso à tecnologia da ARM, essencial para a produção de processadores.
As gigantes tecnológicas levaram as suas inquietações junto das entidades reguladoras dos EUA, China e União Europeia. Caberá a estas deliberar sobre a legalidade da aquisição da ARM pela Nvidia, processo que ainda poderá levar meses.
A FTC, entidade reguladora do mercado americano, já solicitou à Nvidia documentação adicional acerca deste negócio. Documentos que poderão revelar-se essenciais para perceber se este negócio poderá levar a uma monopolização do mercado.
Perante estes relatos, a Nvidia não demorou a prestar esclarecimentos. Ao Financial Times, o CEO da empresa afirma que não é intenção da Nvidia alterar o negócio de licenciamento que a ARM tem atualmente.
Nvidia quer aplicar o know-how da ARM na Inteligência Artificial
A empresa reitera o seu principal objetivo com a aquisição da tecnologia da ARM. Tal como mencionado na revelação do negócio, o intuito é alavancar a tecnologia de Inteligência Artificial, uma área cada vez mais importante para a Nvidia.
Neste setor, a empresa californiana tem já uma reconhecida presença, nomeadamente com as suas placas gráficas e as suas tecnologias de upscaling potenciadas por machine learning. Ademais, a Nvidia quer aumentar a sua influência no desenvolvimento de carros autónomos.
No que concerne ao departamento de semi-condutores, a Nvidia tenta reconfortar os desassossegados com garantias de que não perderão acesso a estas tecnologias. O status quo manter-se-á e os núcleos Cortex continuarão disponíveis para quem os desejar utilizar.
Por fim, relembrar que o negócio de aquisição da ARM por parte da Nivia ascende aos 40 mil milhões de dólares. Os montantes envolvidos são enormes, algo que demonstra a seriedade com que a americana encara este negócio.
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