Huawei espera uma queda de 10 mil milhões em receitas e a culpa é dos EUA

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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É do conhecimento mundial que a Huawei e os EUA não se têm dado muito bem nos últimos meses. A empresa chinesa estima que esses atritos tenham um resultado negativo de 10 mil milhões de dólares nas suas finanças.

Esta declaração foi proferida por Eric Xu, vice-presidente da Huawei, no contexto da apresentação de um novo processador de Inteligência Artificial. Os números agora avançados pelo executivo são menos negativos que os estimados pelo presidente e fundador da empresa, Ren Zhengfei.

Em junho passado, Zhengfei havia referido que o banimento imposto pelos EUA teria um impacto negativo de 30 mil milhões de dólares nas contas da Huawei. Embora ainda nada esteja garantido, a empresa está agora mais otimista relativamente ao seu futuro.

A China é a grande responsável por esta revisão

É ao seu mercado nacional que a Huawei terá de agradecer pelos resultados menos negativos na sua operação para o ano de 2019. As vendas de dispositivos da tecnológica aumentaram quase um terço, quando comparado o ano passado.

Só na primeira metade do ano, a Huawei reporta receitas na casa dos 31.143 milhões de dólares. São estes números que permitem à chinesa acomodar o desempenho menos positivo que se tem sentido nos restantes mercados mundiais.

A título de curiosidade, a Huawei reportou uma receita de cerca de 49 mil milhões de dólares em 2018. Assim sendo, estes números poderão encolher para os 39 mil milhões, caso as expectativas da tecnológica se venham a confirmar no final do ano.

Eric Xu diz que problemas com os EUA não influenciam os seus trabalhos

O vice-presidente da Huawei refere ainda que as decisões de Donald Trump não influenciam a operação da empresa. Todos os seus funcionários foram instruídos a continuar com o seu trabalho como se nada tivesse acontecido.

A Huawei tem se esforçado para diminuir a sua dependência de tecnologia americana. Esse objetivo está a ser levado muito a sério no desenvolvimento dos seus processadores e também ao nível do software, com a apresentação do Harmony OS.

Aliás, a tecnológica chinesa almeja ser totalmente independente de tecnologia oriunda dos EUA já em 2021. Caso consiga alcançar esse objetivo, a Huawei passará a ser uma empresa totalmente independente e imune às decisões de governos estrangeiros.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.