Meta, o novo nome do grupo empresarial anteriormente conhecido como Facebook (não confundir com a rede social), continua a mudar a sua face. Agora, com efeito, fez saber que encerrará o sistema automático de reconhecimento facial e não se fica por aqui.
A par deste anúncio, a empresa tecnológica afirma que irá eliminar permanentemente os dados até então registados. São, na prática, mais de mil milhões de rostos guardados nos seus servidores. É o novo esforço no sentido de salvaguardar valores como a privacidade.
É o fim do reconhecimento facial no grupo Meta
O anúncio foi feito através da página oficial do grupo Meta, no seu newsroom, numa publicação assinada por Jerome Pesenti, o vice-presidente da área de Inteligência Artificial do Facebook (agora grupo Meta). A medida terá efeito ao longo das próximas semanas.
Importa recordar que este mecanismo de reconhecimento facial foi implementado primeiramente na rede social Facebook há vários anos.
Na prática, sempre que numa fotografia publicada no Facebook estavam presentes rostos de seres humanos, o algoritmo identificava os mesmos, apresentando ao utilizador sugestões para identificar os seus amigos nas fotos.
Agora, contudo, após o rebranding do grupo Facebook para grupo Meta, do qual continuam a fazer parte as mesmas empresas, este anúncio afigura-se altruísta e preocupado com a privacidade dos utilizadores.
No entanto, vários utilizadores foram rápidos em avançar a tese de que tal não passa de uma reação ao processo judicial enfrentado pela tecnológica norte-americana.
Ação decisiva em prol da privacidade ou mera reação por parte do Facebook?
Recuperamos à memória o último litígio que teve como causa este mesmo mecanismo de reconhecimento facial. O processo terminou com um acordo entre as partes, mediante o pagamento de 650 milhões de dólares à parte queixosa.
Não obstante, na sua publicação, Jerome Pesenti, refere que há uma "crescente preocupação" envolvendo esta tecnologia. Desse modo, é com algum alívio nas palavras que o executivo partilha a intenção de encerrar todo o programa em questão.
Pesenti refere ainda a necessidade de se legislar no sentido de regulamentar estes tipos de sistemas. Mais concretamente, refere a necessidade de regulamentação por parte das entidades reguladoras competentes nos Estados Unidos da América.
De qualquer modo, o primeiro passo foi dado. É o fim do reconhecimento facial automático no Facebook. Para o utilizador comum isto significa o fim dos nomes sugeridos para o texto alternativo de uma nova fotografia submetida para o Facebook.
O utilizador poderá, contudo, continuar a identificar os seus amigos numa foto. Fá-lo-á, todavia, de forma manual.
A temática do reconhecimento facial e o seu papel na sociedade contemporânea continua a ser fonte de debate e discussão. Ainda assim, para o grupo Meta é um importante passo no sentido do respeito da privacidade dos seus utilizadores.
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