eSIM - mas afinal o que é e para que serve esta nova tecnologia?

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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eSIM
O eSIM começa já a aparecer no mercado

A evolução tecnológica é algo que não tem descanso. O que hoje podemos pensar que será impossível de concretizar, amanhã pode ser já parte do nosso quotidiano. Muitas das vezes quando aqui falamos de evolução tecnológica atendemos muito à forma como os smartphones são diferentes de ano para ano. Mas há um pequeno pormenor no seu interior que começa a ganhar expressão: o eSIM.

Esta nova tecnologia está agora a passar para a ribalta depois de ser parte integrante de novos produtos como os Google Pixel 2 e Pixel 2 XL ou o novo Apple Watch Series 3. Sempre ouvi dizer que o saber não ocupa lugar. Portanto, embora o eSIM ainda não tenha sido adotado em Portugal ou no Brasil, vamos tentar perceber o que é e como funciona.

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Em primeiro lugar importa explicar o que é o SIM. A sigla SIM significa Subscriber Identity Module e representa o cartão que colocas no teu smartphone para poderes efetuar e receber chamadas e enviar mensagens para os teus contactos. Basicamente esta é a interface que faz a tua autenticação junto da tua operadora e que permitirá que a mesma estabeleça contacto contigo.

Ao longo dos anos este chip tem vindo a diminuir cada vez mais de tamanho. No inicio da década de 90 o mesmo tinha o tamanho de um cartão de crédito. Conforme os telemóveis começaram a ficar cada vez menores, também este chip teve de começar a encolher para poder ser acomodado no seu interior.

A evolução do SIM ao longo dos anos

Hoje em dia, grande parte dos smartphones lançados para o mercado fazem já uso da tecnologia Nano-SIM, que é já bem diminuta. Porém, um novo standard está a começar a ser implementado e dá pelo nome de eSIM.

Mas afinal o que é o eSIM?

O eSIM ou Embedded SIM tem precisamente a mesma funcionalidade dos cartões que hoje inserimos nos nossos smartphones. Porém, o mesmo já vem soldado na motherboard dos mesmos. A sua dimensão é bem mais reduzida que o standard Nano-SIM, o que permite às construtoras poupar ainda mais espaço dentro dos seus equipamentos.

A sua configuração pode ser efetuada nas definições do teu smartphone

Uma vez que o mesmo não pode ser substituído, então deves interrogar-te de que forma o mesmo poderá ser associado a uma operadora. Em primeiro lugar, este tipo de chip é compatível com qualquer operadora, logo o conceito de bloqueio a uma rede deixará de existir.

A sua configuração será feita diretamente nas definições do teu smartphone, através das quais serás capaz de escolher a operadora e o tipo de tarifário que pretendes utilizar. Assim que esse contrato celebrado chegue ao seu término, serás livre de mudar - ou não - para a operadora e tarifário que bem entenderes.

Isto tornar-se-á particularmente conveniente para aqueles que viajam bastante, dispensando-os assim da maçada de ter de comprar novos cartões das operadoras dos países para os quais viajam.

Esta nova tecnologia não será apenas benéfica para o setor dos smartphones, e o novo Apple Watch Series 3 é um bom exemplo disso. O eSIM poderá também ser incorporado em wearables e outros tipos de gadgets de dimensões mais reduzidas, permitindo a estes manter as suas dimensões elegantes e, ao mesmo tempo, dotá-los de novas possibilidade.

Será o eSIM o futuro das telecomunicações?

A resposta a esta interrogação ainda não pode ser dada de uma forma inequívoca. Todos cremos que a mesma traz várias vantagens face à tecnologia atualmente utilizada, portanto, sim, existe uma forte possibilidade de o eSIM ser o futuro. Conforme mais empresas a comecem a utilizar, maior será a probabilidade de este ser o standard do mercado.

Todavia, esta mudança não irá ocorrer do dia para a noite. Não só as construtoras de dispositivos terão de começar a adotá-la, mas principalmente as operadores terão de abrir a sua mente para este novo passo em direção à evolução tecnológica.

Acreditas que o futuro nos está a guiar em direção ao eSIM como padrão no mercado? Será que o mesmo será bem acolhido entre as operadoras de telecomunicações? Deixa-nos as tuas opiniões.

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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.