Co-fundador do Facebook quer ver a rede social fragmentada

António Guimarães
António Guimarães
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Num artigo de opinião do New York Times, Chris Hughes afirma que o Facebook precisa de ser limitado. Hughes foi o co-fundador da rede social com Mark Zuckerberg há 15 anos atrás, na universidade de Harvard.

Hughes argumenta que a aquisição do Whatsapp e Instagram por parte do Facebook constitui um monopólio perigoso. O mesmo afirma que a Comissão Federal do Comércio devia reverter essa decisão para permitir mais competição nos mercados de redes sociais e mensagens.

No seu artigo, Hughes afirma que o monopólio do Facebook limitou a competição e estagnou qualquer inovação nas redes sociais. Devo concordar pois não existe nenhuma rede social alternativa ao Facebook pois não existe competição a sério.

Sem utilizar os exemplos do Twitter, Snapchat e outras redes mais 'minimalistas', Hughes acrescenta que nenhuma rede social nova é lançada desde 2011. Além disso, 84% dos gastos em publicidade de redes sociais vai para o Facebook.

O co-fundador cita a fragmentação de outras empresas no passado como a operadora AT&T ou a cadeia de alimentação Whole Foods. A Comissão Federal de Comércio fragmentou essas empresas para evitar monopólios e falta de concorrência.

O que Hughes diz não é novidade mas é verdade

Chris Hughes foi ainda mais longe, afirmando que o Facebook é uma ameaça à democracia dos Estados Unidos. Isto porque o algoritmo próprio da rede social define o que milhões de pessoas leem todos os dias, define o que é conteúdo nocivo (mesmo que não seja) e não existe qualquer controlo do processo.

Visto que Zuckerberg é proprietário da maioria das acções do Facebook, o seu 'poder' nunca é questionado. Hughes refere ainda a massiva influência de Zuckerberg no mundo digital.

"A influência do Mark é gigantesca mais do que qualquer pessoa no sector privado ou no governo. Ele controla 3 plataformas de comunicação vitais: Facebook, Instagram e WhatsApp, utilizadas por milhares de milhões de pessoas diariamente. O Mark pode decidir como configurar os algoritmos do Facebook para distinguir entre conteúdo de ódio ou apenas ofensivo. Além disso ele pode destruir a competição comprando-a, bloqueando-a ou copiando-a."

Hughes acrescenta que Mark é "um bom rapaz" mas está furioso sobre a forma como o CEO sacrificou a segurança dos utilizadores pelo sucesso. Aqui referindo-se aos ínumeros escândalos de privacidade e fuga de dados onde o Facebook tem estado envolvido nos últimos anos.

Chris Hughes é mais uma vez que quer regular o Facebook e outras companhias gigantes de tecnologia, através do governo. A Senadora Elizabeth Warren já prometeu publicamente que irá fragmentar o Facebook se ganhar as eleições americanas de 2020.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.