Por que quer tanto a Apple que confiemos nela?

Bruno Coelho

26 março 2019, 15:13

Tempo de leitura: 1 min.

Quem assistiu com atenção à conferência de ontem da Apple ficou certamente com a mesma sensação que eu. Um dos grandes focos de Tim Cook e da apresentação dos vários novos serviços foi a privacidade. Parece que a Apple quer ser a única empresa em quem podemos confiar.

A segurança e a privacidade são temas bastante sensíveis. Aliás, pode dizer-se que são cada vez mais fraturantes. Quem trabalha neste meio valoriza-as ainda mais do que o utilizador comum. Aliás, arrisco-me a dizer que o utilizador comum não se preocupa assim tanto com a sua privacidade. Basta olhar para as redes sociais.

Sobre os novos serviços, Tim Cook disse que “são desenhados para manter a tua informação pessoal privada e segura”. Esta frase foi repetida durante a tarde vezes sem conta. Assim que um novo produto aparecia, era enfatizado o quanto estes se preocupavam com os dados dos utilizadores.

A Apple quer ser a única empresa em quem confiamos

A verdade é que os serviços lançados ontem pela gigante de Cupertino são focados, na sua maioria, para quem está dentro do ecossistema. Ou seja, a ideia é manter quem está dentro porque está seguro e trazer novos utilizadores que assim se queiram sentir. É assim que a Apple se quer distanciar de empresas como a Google ou o Facebook.

Com o Facebook a sofrer escândalo após escândalo e a Google a ser multada, a Apple posiciona-se de outra forma. Seja com o lançamento de uma plataforma de notícias, um serviço de streaming ou um cartão de crédito. O compromisso está sempre na segurança dos dados.

Obviamente, é tudo uma questão estratégica. Podemos escolher acreditar ou não acreditar. É tudo uma questão de te sentires ou não seguro nesse ecossistema. Obviamente que a Apple vai recolher muitos dos teus dados, mas o cuidado com estes parece ser cada vez maior. Ou pelo menos é o que nos tentam vender.

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