Apple: mais de mil milhões de pessoas utilizam o iPhone

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Treze anos após o início das vendas do primeiro modelo a Apple tem mais de mil milhões de utilizadores de iPhone. A invejável meta terá sido alcançada no passado mês de setembro de 2020 de acordo com o analista Neil Cybart da Above Avalon.

O iPhone continua a ser um dos smartphones mais vendidos em todo o mundo e um dos mais cobiçados no mercado. Ao mesmo tempo, a Apple vê inúmeras fabricantes a copiar descaradamente o iPhone, ou a influenciar-se largamente neste produto.

O iPhone é, e continuará a ser, a prioridade da Apple

Cybart refere ainda que, apesar de cada novo iPhone atrair anualmente entre 20 a 30 milhões de novos utilizadores, esta tendência está em queda. Ao invés, é no programa de atualizações e upgrade de equipamentos que reside a tendência crescente.

De acordo com as suas previsões, para o ano fiscal de 2020, as vendas de iPhones a novos utilizadores representará menos de 20% do total de unidades vendidas. Caso tal se verifique, será um mínimo histórico para a empresa de Cupertino.

A Apple influencia o mercado e a concorrência

As conclusões apontam o dedo acusatório às rivais da Apple que não se privam de inspirações mais, ou menos, próximas do plágio. De qualquer modo, o autor espera que a gigante de Cupertino continue a ter o iPhone como uma das prioridades em 2021.

A par deste produto, a empresa de Tim Cook continuará a expandir o seu leque de serviços, bem como as formas e planos de adesão ao seu ecossistema geral. Algo que a ajudará a aumentar a sua influência sobre os consumidores e todo o mercado tecnológico.

Mais de mil milhões de iPhones ativos em 2020

O ritmo de crescimento tem vindo a abrandar à medida que as novas instalações se aproximam dos mil milhões de unidades. Este cenário deve-se à já grande penetração da Apple nos vários mercados mundiais e na tendência de abrandamento global.

De qualquer modo, a Apple tem conseguido captar entre 20 a 30 milhões de novos utilizadores, com base nas ativações, nos anos mais recentes. Mais ainda, os novos utilizadores têm uma maior chance de investir seriamente no ecossistema Apple.

Isto significa que além dos mais de mil milhões de iPhones ativos, há cada vez mais consumidores a investir nos produtos complementares como o Apple Watch, AirPods, HomePod, na gama iPad, bem como nos computadores Mac.

As 3 prioridades para o futuro do iPhone

1. Fomentar o avanço tecnológico no campo da fotografia e desenvolver as câmaras do iPhone.

2. Aumentar o valor inerente à posse e utilização de um iPhone.

3. Aumentar o número de tarefas e funções que podem ser efetuadas e mediadas pelo iPhone.

Olhando para o futuro, o analista partilha vários dos vetores que poderão ser seguidos pela Apple na prossecução de novas tecnologias e avanços para esta gama de produtos. As câmaras são uma das prioridades, mas não a única.

As câmaras. Querendo liderar o setor mobile nos próximos cinco a dez anos, a Apple continuará a desenvolver câmaras mais poderosas e ampliar as capacidades para fotografia e vídeo. É neste campo onde teremos avanços mais significativos.

O percurso da Apple passará muito pela Realidade Aumentada (RA) e respetivas possibilidades, sendo esta uma das áreas de interesse para Tim Cook. Algo que poderá não só melhorar o desempenho fotográfico, mas também a utilidade do iPhone.

O valor do iPhone. Não necessariamente o impacto social de possuir um iPhone, mas o valor inerente ao produto. Para tal, a Apple deverá batalhar para aumentar a durabilidade e longevidade do mesmo, abrangendo também as atualizações de software.

A empresa poderá capitalizar na grande longevidade dos seus produtos, atraindo assim novos utilizadores e mantendo a atual base satisfeita. Este ponto é de especial importância uma vez que os consumidores mantêm cada vez mais os seus equipamentos.

Observando um aumento gradual do ciclo de substituição de smartphones, com os consumidores a manterem durante 30 meses os seus telefones, em média, a Apple pode e deve destacar-se neste quesito.

O papel do iPhone. Tim Cook referiu-se ao iPhone como o produto que mais utilizamos no nosso quotidiano durante o último evento de apresentação de produtos, o "Hi, Speed". Para o analista, esta postura denota o curso atual de toda a empresa.

As tarefas que o telefone pode fazer deverão aumentar, bem como o seu impacto no nosso dia a dia. O objetivo passará por tornar o iPhone numa parte indispensável, dotando-o de mais capacidades para nos ajudar nas mais variadas tarefas.

Para tal, a relação de simbiose entre o Apple Watch e o iPhone deverá ser nutrida e possivelmente expandida. Algo que também se poderá estender a novos gadgets e produtos da empresa com o intuito de completar o respetivo ecossistema.

2021 será o melhor ano para os iPhones da Apple

O analista estima que 2021 seja o ano de novos máximos para os iPhones da Apple. A estimativa aponta para o próximo ano valores superiores ao máximo atingido durante o ano fiscal de 2015 em que foram vendidos cerca de 231 milhões de iPhones.

Desde então, a Apple nunca conseguiu superar esta fasquia durante um ano fiscal. No entanto, em 2021 poderão ser vendidos cerca de 240 milhões de unidades caso se mantenha a atual tendência de crescimento da Apple e a procura pelos seus produtos.

O novo ciclo do 5G criará no mercado uma nova necessidade que se traduzirá num aumento da procura. Este esforço redobrado, liderado pela geração iPhone 12, coincidirá com o ciclo de substituição de iPhones para vários consumidores.

A junção destes fatores poderá, para o analista responsável pela Above Avalon, causar um pico nas vendas de iPhones em 2021.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.