3 razões para apagar a app do Facebook do smartphone em 2021

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 5 min.

O Facebook é a rede social mais popular do mundo com mais de 2,7 mil milhões de utilizadores ativos mensalmente. Foi a primeira rede social a passar a fasquia dos mil milhões de perfis ativos, em 2012, mas a empresa de Mark Zuckerberg tem abrandado. Há, também, pelo menos três razões válidas consoante o tipo de utilizador, para desinstalar esta app do smartphone.

Segundo os dados da Statista, o Facebook estará prestes a entrar na "fase de planalto", abrandando a taxa de crescimento. Já de acordo com a própria empresa, até 3,14 mil milhões de pessoas usam os produtos do grupo Facebook como o Instagram e WhatsApp.

1. O TikTok é a nova rede social "in" para os mais jovens

O TikTok é a rede social mais popular entre a Geração Z (quem nasceu desde o final da década de 1990 até ao início de 2010, com o Facebook a ser apelidado de antiquado, ou mera plataforma de discussão de notícias.

A faixa etária mais jovem utiliza sobretudo esta rede social, a par do Instagram e do Twitter, cada uma com o seu propósito de entretenimento, socialização e partilha de conteúdos e discussão / informação, respetivamente.

Por outro lado, os maiores utilizadores do Facebook continuam a ser os millenials, a geração nascida após o início da década de 1980, portanto entre os 30 a mais de 40 anos.

Já o Facebook é tido como a rede social que os pais (e avós) usam para partilhar publicações inflamadas e discutir notícias de origem duvidosa. É a rede social que explodiu com o Candy Crush e Farmville, mas que não atrai tanto os novos utilizadores.

Quem só agora se junta às redes sociais é, assim, inclinado a instalar o TikTok e Instagram, com o Facebook a estar em terceiro, ou quarto lugar na lista de prioridades.

Ao mesmo tempo, o Facebook transformou-se gradualmente num fórum de discussão. Uma plataforma onde os grupos continuam a atrair milhões de utilizadores, sendo usado não tanto para estabelecer contacto com outras pessoas, mas como plataforma de debate.

Em síntese, a idade média de um utilizador de Facebook é gradualmente superior. Importa frisar que o TikTok também já foi, por diversas vezes, envolvido em escândalos de privacidade.

2. A app do Facebook é pesada e consome vários recursos do smartphone

Facebook Lite 4gnews

Consoante o smartphone ou tablet do utilizador a aplicação Facebook pode ser um autêntico empecilho. Seja em Android, ou iOS, a app tende a ocupar um valor considerável do armazenamento interno, mas é sobretudo no uso de memória RAM e energia que lhe apontamos as maiores infrações.

E, se até em smartphones topo de gama com 8 ou 12 GB de memória RAM a sua utilização impacta o desempenho do dispositivo móvel, o que dizer da esmagadora maioria de utilizadores com smartphones de gama baixa, ou de entrada? Para estes recomendamos as versões Lite da aplicação Facebook e do Facebook Messenger.

Aliás, ao utilizar a app Facebook somos "convidados" quase forçosamente a instalar outra app do grupo, o Messenger. Ambas têm a tendência nefasta de estar sempre ativas em segundo plano, consumindo bastante bateria e podendo tornar o smartphone lento.

Facebook

Por estarem sempre ativas, para poder receber as notificações de atividade e respetivos alertas, ambas as aplicações têm um grande impacto nos nossos telefones. Se o sentes algo lento, elimina a aplicação do Facebook ou experimenta a versão Lite.

3. A privacidade e o apetite voraz do Facebook pelos dados do utilizador

Por fim, possivelmente a principal razão para não usar a app do Facebook no smartphone ou tablet é a nossa privacidade. Aliás, o mesmo pode ser dito da utilização desta rede social através do computador e plataformas Web, o cenário mantém-se.

O Facebook é a rede social que mais dados colhe sobre o utilizador, com informações que, por vezes, nem sabemos que estamos a dar a esta empresa. É um acervo assustador de dados e detalhes de cada utilizador que a empresa usa em seu proveito.

Check out which big tech company knows the most about you!#Bigtech #Google #facebook #twitter #apple #dataprivacy https://t.co/G4BSS0FgNi via @amoscaritolo @PCMag

— Keepsafe (@keepsafe) 8 de fevereiro de 2019

Acima podemos ver um exemplo e atestado disso mesmo. Indo além da Google e das demais big tech, o Facebook saber praticamente tudo sobre cada utilizador. Informações que usa, não só mas também para canalizar publicidade dirigida, os target ads.

O relatório acima indicado foi colhido pelo website Security Baron que examinou as políticas de privacidade do Facebook, Google, Apple, Twitter, Amazon e Microsoft para poder compilar o gráfico informativo acima listado.

"O Facebook é estranhamento agressivo", aponta a Security Barton no relatório que podem consultar. A única forma de não alimentarmos a empresa com os nossos dados é não usar os seus serviços incluindo o Messenger, Instagram e WhatsApp.

Apagar a app do Facebook é o 1.º passo

1. Tocar sem soltar o ícone da aplicação Facebook
2. Aguardar pelo menu de contexto com opções da app
3. Toca na opção "Remover"

Apagar Facebok

Sem negar as virtudes da plataforma, bem como as qualidades das suas empresas, a desinstalação da aplicação Facebook dos nossos smartphones pode ser particularmente libertadora. Pode custar, mas ao fim de poucos dias apreciarão a liberdade.

Deixarão de receber notificações sempre que alguém responde a alguma publicação, ou coloca "like" em algo que outra pessoa disse e que a empresa pensa que nós devemos ver. As notificações mais não são que formas de nos agarrar ao smartphone. Maneiras de manter a nossa atenção concentrada na plataforma e nos seus serviços, enquanto nos é apresentada alguma publicidade.

É um exercício que não agradará a todos, mas, porque não tentamos passar a consultar o Facebook só pelo computador? Passamos menos horas em frente ao grande ecrã e, como tal, podemos libertar gradualmente a nossa atenção para outras tarefas.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.