As casas inteligentes são um conceito simples com grandes vantagens para quem nelas habita. Da poupança energética à conveniência, basta ter acesso à Internet, um smartphone e, claro, o investimento inicial em equipamentos essenciais.
Em Portugal, as smart homes são uma realidade que, através da domótica e automação, permitem o controlo e interligação dos vários sistemas como a iluminação, persianas ou fechaduras. Há vantagens, cuidados e algumas desvantagens a considerar.
1. Mais segurança em casa
A Internet das Coisas (IoT) possibilitou a ligação de vários dispositivos e sensores a um centro de controlo, ou hub. Este, por sua vez, pode ser controlado por voz, ou através do telemóvel para que tenhas as informações no bolso, a todo o momento.
Desse modo, é possível instalar uma campainha e vídeo porteiro cujos alertas sejam exibidos no smartphone. O mesmo é válido para uma fechadura inteligente, sensor de movimento, ou luz que notificará imediatamente o utilizador via telemóvel.
Esta é uma das maiores vantagens das talking homes, ou casas inteligentes. Para tal, existem kits de sensores dos mais variados tipos e preços. Entre os mais baratos recomendamos, por exemplo, o Kit Segurança Xiaomi Smart Sensor Set.
Os sensores podem alertar em caso de tentativa de roubo, incêndio, fuga de água, ou outra situação anómala. Ainda mais prática é a possibilidade de ver o que se passa em casa, em tempo real, através das câmaras de vigilância wireless.
2. Maior personalização do espaço
A casa inteligente pode dar ao utilizador o controlo da climatização, ou dos sistemas de entretenimento. Até a limpeza com os melhores aspiradores robot, sistemas de rega automática, ou da iluminação com as soluções da Philips Hue e outras.
É possível interligar vários eletrodomésticos num lar inteligente, do frigorífico à máquina de lavar roupa. A ligação à Internet é um dos requisitos, com diversas fabricantes a preparar os seus produtos para operar em conjunto com outros sistemas da casa.
A personalização estende-se assim à temperatura e climatização de um cómodo; à atmosfera de cor e iluminação com sistemas Zigbee ou similares; à música e entretenimento com televisores e altifalantes inteligentes, entre outras possibilidades.
Há um sem-fim de hipóteses para personalização de comportamentos automáticos, ou cenários de luz capazes de criar atmosferas distintas. Para começar, as lâmpadas Yeelight da Xiaomi são uma boa opção barata com ecossistema inteligente.
3. Maior poupança e eficiência energética
A smart home, ou casa inteligente, ajuda a poupar ao melhorar a eficiência energética, diminuir o desperdício e facilitar o controlo, por exemplo, das tomadas. Através do smartphone, ou comandos de voz, podemos acabar com os consumos em stand-by.
É possível sincronizar a máquina do café com o alarme despertador e o levantar da persiana, o ligar ou desligar tomadas inteligentes mesmo estando fora de casa e até controlar a máquina de lavar. Até mesmo os comedouros e bebedouros para animais.
As talking home ajudam a poupar, por exemplo, ao desligar luzes que possam ter ficado ligadas, ou o ar condicionado assim que sais de casa. A implementação dos sensores é cada vez mais barata e o potencial de poupança aumenta exponencialmente.
As soluções mais avançadas coordenam a ação de painéis solares para aquecimento de água, ou produção elétrica, com os demais sistemas da casa e rotinas definidas pelo utilizador. Gradualmente, também estes sistemas estão mais acessíveis.
4. Mais conveniência e conforto
Planear uma casa inteligente passa por escolher os sensores e automatismos que, posteriormente, facilitarão o quotidiano aos habitantes. Aliás, as propriedades serão mais atrativas para potenciais inquilinos ao simplificar diversas tarefas.
Com soluções plug-and-play, além de hubs de automação residencial que podem ser configurados através dos fornecedores de Internet, a implementação é fácil e pode ser usada, por exemplo, nas unidades de aluguer para facilitar a sua gestão.
Exemplo prático deste potencial são as fechaduras inteligentes em portões exteriores, ou portas internas, podem também facilitar uma eventual transição entre inquilinos. Este conceito é aprofundado no artigo "As talking homes ajudam a poupar?"
A conveniência de ter vários sistema do lar agregados num hub controlado pelo telemóvel é óbvia. Através de uma aplicação para smartphone, outro dispositivo em rede, ou assistente virtual, temos acesso a tudo, mesmo no conforto do sofá.
A domótica está ao serviço das Smart Home
Enquanto derivação da robótica, a domótica pode definir-se como a integração de sistemas interligados e automatismos na habitação, com vista a simplificar o dia a dia dos residentes. Em síntese, é a robótica doméstica, ou controlo automatizado da casa.
O objetivo da domótica passa por centralizar o controlo das funções de vários sistemas como iluminação, climatização, ou aquecimento e eletrodomésticos num centro (hub) como o telemóvel. Este controlo pode ser local, ou remoto.
A tecnologia domótica pode ser usada para proveito próprio, ou para gerir eficazmente várias propriedades como as unidades de aluguer. Em síntese, a domótica aumenta o valor da casa, melhorando o quotidiano e preparando-a para o futuro.
Há 3 inconvenientes nas casas inteligentes
1. Custo inicial. Ainda que tecnologia esteja cada vez mais avançada e acessível, o custo inicial da aquisição, instalação e configuração do sistema smart home pode ser avultado. No entanto, existem soluções para todos os orçamentos.
2. Wi-Fi obrigatório. É através deste meio que os vários eletrodomésticos, sensores e automatismos comunicam entre si. O mesmo sucede com os hubs de controlo, ou centros de comando, pelo que se torna obrigatório ter uma bom serviço de rede Wi-Fi.
3. Preocupações de segurança. É crucial um sistema de encriptação para a rede Wi-Fi, bem como para os dispositivos IoT ligados, além de serem necessárias palavras passe fortes. Se possível, só deves adicionar dispositivos confiáveis à rede de casa.
Artigo escrito em parceria com Velkomin Digital