Porque é que o Samsung Galaxy Note 9 tem processadores diferentes?

Filipe Alves
Filipe Alves
Tempo de leitura: 2 min.

O Samsung Galaxy Note 9tenção que a SPen tem novas funcionalidade, que podes ler mais aqui, mas mesmo assim não considero que seja irreverente o suficiente para nos oferecer aquele entusiasmo que estamos habituados dos modelos Note.

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O Samsung Galaxy Note 9 chega com especificações topo de gama. Temos uma variante com 6GB de memória RAM e outra com 8GB. O modelo com mais RAM dá-nos também 512GB memória interna em vez dos 128GB.

Ambos os modelos conseguem receber cartão de memória MicroSD para aumentar o armazenamento uma super bateria de 4000 mAh.

Samsung Galaxy Note 9 chegou hoje por 1029€

O Note 9 chega também com dois processadores diferentes para mercados diferentes. Temos um modelo com os processadores Exynos e o outro com os Qualcomm.

No passado a Europa recebia os modelos Qualcomm da Samsung, porém, nos últimos anos temos visto um maior investimento nos Exynos. Os processadores são idênticos a nível de performance só que uns são fabricados pela própria Samsung (Exynos) e os outros pela Qualcomm.

Normalmente o Exynos tem uma potência ligeiramente superior visto que a arquitetura do chip é desenhada para o dispositivo em si.

Mas porque é que os processadores são diferentes? Porque é que a Samsung não utiliza só Qualcomm ou só Exynos? Esta foi uma pergunta de um dos leitores da 4gnews e achamos por bem esclarecer um pouco.

Embora os detalhes dos negócios não sejam públicos esta é a melhor teoria que podemos ter e uma das razões pela qual a Huawei continua sem entrar no mercado americano.

Exynos ou Qualcomm? Qual o melhor?

Como é óbvio se a Samsung conseguisse só utilizaria os modelos Exynos. Para além de estarem mais preparados para o smartphone o custo de produção é menor que a compra dos chips da Qualcomm.

Mas o governo americano (e outros onde a variante é utilizada) não confia totalmente na Samsung. A Huawei, por exemplo, não entra nos EUA porque utiliza os seus Kirin. Insistem, aliás, em não quer utilizar os chips da empresa americana Qualcomm.

O governo americano está preocupado com possível espionagem. Eu sei, eu sei... Mas a verdade é esta. Se for a Qualcomm a desenhar os chips, o governo dos EUA tem acesso a todos os detalhes. Enquanto que chips oriundos da China nem por isso.

Esta é também uma das razões pela qual a ZTE insiste nos Qualcomm. Embora tivesse uns problemas com o governo americano (nada relacionado com isto), a ZTE introduz no mercado norte-americano os seus smartphones com os processadores da Qualcomm.

Com os processadores Exynos a Samsung consegue fazer mais dinheiro com os seus equipamentos, contudo, o mercado americano é grande e importante demais para ser ignorado.

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Filipe Alves
Filipe Alves
Fundador do projeto 4gnews e desde cedo apaixonado pela tecnologia. A trabalhar na área desde 2009 com passagens pela MEO, Fnac e CarphoneWarehouse (UK). Foi aí que ganhou a experiência que necessitava para entender as necessidades tecnológicas dos utilizadores.