Samsung já está a apostar nos 7nm para manter a vantagem sobre a Huawei

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A divisão / departamento de semicondutores e chips da fabricante sul-coreana há muito que é um dos seus departamentos mais rentáveis. É este o ramo da marca responsável pela produção dos seus processadores Exynos, memórias e muitos outros componentes. Agora, a Samsung reforça a sua aposta neste segmento para fazer frente às investidas da Huawei e outras fabricantes. A nova meta serão os processadores a 7nm.

Enquanto maior fabricante mundial de dispositivos móveis, a Samsung é também uma das maiores produtoras mundiais de processadores. Aliás, a nível de volume de produção e venda de processadores a sul-coreana já ultrapassou até mesmo a Intel. Todavia, está longe de ser a única produtora de processadores para dispositivos móveis.

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Basta olhar para a China e para a Huawei, a marca responsável pelo desenvolvimento e produção dos processadores HiSilicon Kirin. Temos também uma Qualcomm com os seus Snapdragon, uma MediaTek, a Apple com os seus "A's" e até mesmo a Xiaomi com os seus novos Surge.

Agora, para manter a liderança e estimular a evolução na indústria de construção e desenvolvimento de novos (motores) SoC's, a Samsung está a investir numa nova linha de produção. Este novo complexo, tal como avança a publicação coreana, KoreanHerald, dedicar-se-á à produção de novos processadores que visam empregar a litografia a 7nm.

Samsung apostará nos 7nm para fazer frente à Huawei

E porque é que isto importa? Até agora os melhores processadores, mais poderosos e mais eficientes, utilizam uma litografia a 10nm. Desde os Snapdragon 845 da Qualcomm ao Exynos 9810 da Samsung, sem esquecer o Kirin 970. Ora, qual a diferença entre uma construção a 10nm e uma construção a 7nm (nanómetros)? Quanto menor for a distância entre os componentes do processador menor será a energia necessária para "fazer circular" a informação. De igual forma teremos um processador mais poderoso e energeticamente eficiente.

Atual geração de processadores ainda não deu "o salto" para os 7nm

Em suma, quanto menor for a distância entre os seus componentes maior será a sua potência. De igual forma, menos será o consumo energético. Isto claro, uma explicação muito superficial. Caso tenham alguma explicação mais sucinta e elucidativa deixem-nos o vosso feed-back aqui nos comentários.

Nova linha de produção da Samsung

Agora, para fazer frente a uma Huawei, MediaTek e até mesmo à TSMC que é uma das maiores construtoras de SoC's. Também esta última, em parceria com a Qualcomm, estaria a desenvolver e pesquisar o novo método de construção a 7nm. Agora, para recuperar este "desvantagem" a Samsung vai investir numa nova linha linha de produção de chips e processadores. Estará incluída no seu complexo de produção na cidade de Pyeongtaek.

Será não só uma forma de controlar as investidas da Huawei no ramo dos processadores mas também de precaver um futuro aumento na procura. Para já a tecnologia / litografia de processadores a 7nm ainda está num estado embrionário. Todavia, até ao final de 2018 acredita-se que surjam os primeiros processadores com este novo processo de construção.

Esta nova linha de produção para processadores a 7nm contará com novo equipamento que permitirá este novo método de construção (Extreme Ultraviolet). Segundo consta, será um processo mais eficaz do que aquele que é utilizado pela TSMC e pela Huawei.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.