Prata da casa: o novo desafio da Xiaomi

Eduardo Silva
Eduardo Silva
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O mercado dos dispositivos móveis é bastante complexo e divide os consumidores e fabricantes. Se, por um lado, há marcas que apostam em atacar o mercado com as armas que têm, zelando pela sua resposta ao mercado com a produção de componentes internamente, várias outras fabricantes optam por um menos trabalhoso, mas talvez mais dispendioso ajuntamento de componentes desenvolvidas por outras marcas.

Isto nota-se, especialmente, no que toca aos processadores usados nos terminais de cada fabricante. Se por um lado, vemos marcas como a Apple, Samsung ou Huawei que optam por desenvolver os seus próprios SoC’s, a grande maioria das empresas recorre a outros chipsets de marcas como a Qualcomm e a MediaTek para equipar os seus dispositivos.

Aqui, neste ponto que divide o mercado, entra a Xiaomi. A gigante chinesa tem-se afirmado no mercado nos últimos nos, trazendo não só smartphones que primam pela excelência, como outros dispositivos que desafiam os paradigmas atuais e propõe novas ideias pioneiras para um futuro não muito distante, como é iPhone 7 Preto: Utilizadores reclamam que tinta está a descascar

No que toca à matéria em análise neste artigo, os processadores, a Xiaomi integra-se no grupo que recorre a outras empresas para equipar os seus terminais. Até hoje, a marca tem optado por processadores Snapdragon da Qualcomm para os seus smartphones topo de gama e para alguns dos seus gama-média, deixando para os processadores MediaTek o papel de integrar alguns terminais de gama de entrada.

A evolução da Xiaomi tem sido notória, sendo atualmente a quarta fabricante com maior sucesso no mercado mobile, apenas atrás das três marcas mencionadas acima. Mas, como é obvio, o topo é sempre o objetivo de cada empresa, e havendo passos a dar nesse sentido, um deles é trazer o melhor hardware possível de conjugar com um software que se quer bem adaptado.

Para tal, a Xiaomi estará a apostar no seu centro de pesquisa e desenvolvimento, concentrando forças num (ou vários) novos processadores próprios. Há alguns dias noticiamos que a empresa poderia lançar muito em breve estes, o que fundamenta a teoria de que a Xiaomi estará concentrada em crescer cada vez mais.

Xiaomi poderá abandonar a Qualcomm e MediaTek

As vantagens de fabricar o seu próprio processador são óbvias: olhando, por exemplo, à Apple, com o seu processador A10, o mais recente da linhagem de processadores da gigante norte-americana, este é o resultado de um bom trabalho de casa que é desenvolvido para integrar um hardware que o espera e no qual encaixa como uma luva.

Trabalhar de raiz um dispositivo é vantajoso. Enquanto que, até aqui, a Xiaomi teria de trabalhar num hardware pronto para albergar um processador de marca alheia, a adaptabilidade dos para já conhecidos como processadores “Pinecone” é consideravelmente mais fácil, respondendo a marca com o processador que melhor encaixe às necessidades do terminal.

Não percas: primeira aproximação mais modesta do chipset seja feita com o Xiaomi Mi 5C.

Boa opção? O tempo o dirá, mas esta aposta não surpreende. Considerando o percurso da fabricante, o caminho passará por aumentar a sua presença de mercado, fazendo chegar os seus terminais a todo o mundo, e para tal, precisa de se afirmar entre os grandes, refletindo-se isso através das decisões internas, como esta, que procuram melhorar os resultados finais.

Se a performance dos processadores Xiaomi será comparável à dos atuais concorrentes no mercado, apenas quando o resultado final foi revelado ao público saberemos. Mais noticias sobre tudo isto estarão prometidas para breve, e resta-nos apenas esperar e ver o que a marca é capaz de fazer.

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