A Meta anunciou esta semana uma nova parceria, na esperança de que a energia geotérmica a possa auxiliar na redução das suas emissões de gases com efeito de estufa.
A empresa tem lutado para manter a sua poluição em carbono baixa desde que se comprometeu, em 2020, a atingir emissões líquidas de zero até ao final da década. A corrida para desenvolver ferramentas de IA mais poderosas elevou a fasquia do mercado, desencadeando o desenvolvimento de novos centros de dados que consomem largas quantidades de energia.
Meta deposita a sua fé em tecnologia geotérmica de ponta
Por esta razão, a Meta e a empresa startup Sage Geosystems concluíram um acordo para desenvolver novas centrais geotérmicas, confirmando que a Meta estará apostar em tecnologia geotérmica next-gen para desbloquear uma nova fonte de energia limpa.
A Sage está a desenvolver tecnologias para conseguir tornar formações rochosas quentes e secas em fontes de energia. Para o efeito, cria essencialmente reservatórios artificiais, através da perfuração e bombagem de água no subsolo.
A empresa testou este método no terreno pela primeira vez em 2022, utilizando um poço de gás abandonado no Texas. A Sage afirma que pode aumentar a escala da técnica usando “tecnologias de petróleo e gás em desuso” comuns. Se perfurar 18-20 poços próximos uns dos outros, por exemplo, espera poder gerar 50 megawatts de energia geotérmica.
A sua parceria com a Meta deverá fornecer até 150MW, no entanto, o acordo ainda está numa fase muito inicial. Ainda não há pormenores sobre a localização das novas centrais e, em conversação com o The Verge, as empresas disseram ao que ainda não assinaram um contrato a longo prazo, designado de momento como acordo de compra de energia.
“Queremos dar [à Sage] a clareza de que estamos presentes como seus parceiros, prontos para assinar um acordo na altura certa. No entanto a equipa da Sage será responsável por pegar no projeto a partir de hoje, encontrar um local, obter as licenças, conceber e projetar toda a instalação. Há uma série de passos realmente importantes, especialmente para tecnologias como a Sage, que estão maduras e prontas para se expandirem”, afirma Urvi Parekh, Diretor de Energias Renováveis da Meta.