O telescópio espacial Bubble conseguiu expandir os horizontes da humanidade e dar-nos um vislumbre mais completo ta imensidão do espaço sideral. Contudo, a sua já longa vida activa dita que um sucessor seja desenvolvido. Agora, cerca de 20 anos depois do início deste projecto e vários milhões de dólares depois, o telescópio espacial James Webb está finalmente pronto.
De acordo com o senhor Charles Bolden, administrador na NASA, o novo telescópio James Webb está completo e terá custado algo como 8.8 biliões de dólares ( unidades norte-americanas), um investimento que permitirá olhar para o passado do universo e vislumbrar o cosmos tal como era há milhões de anos atrás. Como é isto possível? Ao observar estrelas mais longínquas cujas luz que agora nos chega já partiu da estrela há milhares ou milhões de anos atrás. Em suma, poderemos olhar para uma "fotografia" antiga do universo e estuda-lo a partir daí.
O novo telescópio James Webb tem um espelho de 6,4 metros revestido a ouro que consegue captar até 7 vezes mais luz do que o seu antecessor, o telescópio Hubble. Será também capaz de espreitar através do pó e sondar o espectro dos infra-vermelhos. Foram duas décadas de pesquisa e inovação que agora culminam na criação deste telescópio James Webb.
Para além de conseguir espreitar para as regiões mais remotas e antigas do universo, este telescópio terá a nobre missão de procurar planetas habitáveis. Isto é, procurar planetas com água no estado líquido, não muito próximas da sua estrela nem muito afastadas dela. Em suma, planetas rochosos na "zona dourada" em que a temperatura é compatível com a existência de vida. A missão James Webb terá início em outubro de 2018, data apontada para o lançamento deste telescópio dentro do foguete Ariane 5 da Agência de Exploração Espacial Europeia (ESA) que ganhou a reputação de foguete mais seguro da actualidade. Estamos prestes a descobrir novos horizontes e este telescópio espacial será o nosso passaporte para novos e remotos destinos.
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