Não sejas enganado! Estas páginas de Facebook querem roubar-te dados

Bruno Coelho
Bruno Coelho
Tempo de leitura: 3 min.

A equipa de investigação da Check Point Research descobriu um novo esquema com novas formas de roubar informações privadas aos utilizadores. A novidade é que este usa o Facebook enquanto plataforma para disseminar páginas falsas do ChatGPT, Google Bard e outros serviços semelhantes.

O objetivo parece ser roubar as palavras-passe e os dados privados de pessoas desprevenidas, tirando partido do seu interesse em conhecidas aplicações de IA generativa. Abaixo explicamos como funciona e como podes evitar ser enganado.

Como funciona o esquema que envolve IA generativa no Facebook

Tudo começa com os criminosos a criarem páginas ou grupos falsos no Facebook para uma marca conhecida, e a incluir conteúdos atrativos. A pessoa que não conhece o golpe comenta ou gosta do conteúdo, o que acaba por garantir que este aparece nos feeds dos seus amigos.

Depois, a página falsa oferece um novo serviço ou conteúdo especial através de um link. O problema é que quando o utilizador clica na ligação, descarrega, sem saber, malware malicioso. Este é concebido para roubar as suas palavras-passe online, carteiras de criptomoedas ou outras informações guardadas no seu browser.

Para o que deves estar alerta? Muitas das páginas falsas oferecem dicas, notícias e versões melhoradas dos serviços de IA Google Bard ou ChatGPT. Abaixo partilho exemplos descobertos pela Check Point Research.

Crédito: Check Point Research
Crédito: Check Point Research

Estes exemplos, como a fonte refere, são apenas uma amostra de algumas publicações. Existem muitas versões do Bard New, Bard Chat, GPT-5, G-Bard AI e outros. É ainda referido que alguns posts e grupos também tentam tirar partido da popularidade de outros serviços de IA, como o Midjourney ou a Jasper AI. Abaixo podes ver os exemplos.

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Crédito: Check Point Research

Infelizmente muitas vezes os utilizadores não fazem ideia de que se trata de fraudes. Isto porque discutem apaixonadamente o papel da IA nos comentários e gostam/partilham as mensagens. Algo que aumenta ainda mais o seu alcance.

Crédito: Check Point Research
Crédito: Check Point Research

O resultado acaba por ser quase sempre o mesmo. A maior parte destas páginas do Facebook conduzem a páginas de destino de tipo semelhante que incentivam os utilizadores a descarregar ficheiros protegidos por palavra-passe, alegadamente relacionados com motores de IA generativa.

Conselhos da Check Point Research para identificar phishing e falaComo identificar phishing e falsificação de identidade

  • Ignorar nomes de apresentação: Os sites ou emails de phishing podem ser configurados para mostrar qualquer coisa no nome de apresentação. Em vez de olhar para o nome de apresentação, verifica o endereço de correio eletrónico ou o endereço do website do remetente para verificar se provém de uma fonte fiável e autêntica.
  • Verificar o domínio: Os phishers utilizam normalmente domínios com pequenos erros ortográficos ou que parecem plausíveis. Por exemplo, company.com pode ser substituído por cormpany.com ou um email pode ser company-service.com. Procura estes erros ortográficos, pois são um bom indicador.
  • Descarregar sempre software de fontes fiáveis: Os grupos do Facebook não são a melhor fonte para descarregar software. Vai diretamente a uma fonte de confiança, utiliza o website oficial. Não cliques em downloads provenientes de grupos, fóruns não oficiais, etc.
  • Verificar as hiperligações: Os ataques de phishing de URL são concebidos para induzir os destinatários a clicar numa hiperligação maliciosa. Passa o rato sobre as hiperligações de uma mensagem de correio eletrónico e vê se vão realmente para onde dizem. Introduz as ligações suspeitas numa ferramenta de verificação de phishing como o phishtank.com, que lhe dirá se são ligações de phishing conhecidas. Se possível, não cliques numa hiperligação; visita diretamente o site da empresa e navega até à página indicada.

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Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.