A quem procura um telefone barato para dar conta das necessidades mais comuns no quotidiano podemos indicar o smartphone Motorola Moto G30, disponível em Portugal desde 199 €. É, assim, um produto de gama média / baixa que se afirma pela autonomia de bateria, bem como pela câmara fotográfica e desempenho geral na maioria dos cenários.
A 4gnews teve oportunidade de testar este dispositivo móvel, apurando as suas valências e propostas de valor para 2021 no contexto do mercado de dispositivos móveis. As nossas conclusões refletem a utilização real do produto ao longo de um período variável.
O Moto G30 integra a nova linha de smartphones Android da fabricante norte-americana para 2021. É mais avançado que o Moto G10 (gama baixa / entrada), mas mais modesto que o Moto G50.
Em jeito de curiosidade, os demais modelos também terão direito a artigo / análise própria.
Pontos fortes do Motorola Moto G30:
- Sólida autonomia de bateria com duração para 2 dias
- Ecrã com alta taxa de atualização a 90 Hz
- Câmaras com desempenho muito aceitável
- Velocidade, estabilidade e fluidez geral do sistema (OS) e UI
Pontos fracos do Motorola Moto G30:
- Pontualmente sentimos alguma lentidão em algumas apps / serviços
- Design algo previsível na linha Moto G
- Baixa resolução de ecrã para 2021 - padrão HD+ (720p)
Unboxing e primeiras impressões
A sua caixa é simples, em cartão, mas traz um carregador / adaptador USB com 20 W de potência que garante o carregamento rápido da bateria. Além disso, temos o cabo USB do tipo C, bem como uma capa de plástico TPU incluída para proteger o telefone.
É uma experiência simples, mas adequada ao escalão de preços no mercado mobile em 2021. A caixa apresenta também a súmula das caraterísticas técnicas.
Escolhas de design e qualidade de construção
Aspetos-chave:
- Peso: aproximadamente 200 gramas
- Dimensões: 165,2 x 75,7 x 9,1 mm (altura x largura x espessura)
O Motorola Moto G30, e demais modelos desta gama, partilham uma mesma filosofia de design industrial. Qualquer utilizador que tenha pegado num smartphone Motorola nos últimos anos encontrará vários pontos de contacto neste novo terminal.
Dito isto, impera o plástico num smartphone algo pesado e não propriamente fino, sobretudo ao usar a capa incluída. As margens frontais são reduzidas, com cantos arredondados e um aspeto geral atualizado.
A câmara frontal está na "notch" em forma de gota de água, no topo, ao centro.
A traseira do smartphone é toda de plástico. Aliás, tal como toda a sua construção. No entanto, temos aqui um acabamento bem conseguido, de acabamento polido (suave, mas não brilhante) que lhe dá alguma identidade visual, agradável ao tato.
Ao centro encontramos o logótipo da Motorola onde também temos o leitor de impressões digitais. Mais uma vez, a opção pelo tradicionalismo pauta este smartphone, mas convenhamos que o leitor embutido no logótipo é um clássico intemporal.
Em síntese, é um dispositivo prático, com a sua própria elegância, ainda que este seja um quesito mais subjetivo.
- Frente em plástico policarbonato
- Laterais (estrutura) e traseira em plástico policarbonato
- Construção e tratamento repelente da água
Importa dar uma nota positiva à presença da porta áudio jack de 3,5 mm no topo do telefone, ótimo para o ter no bolso e ouvir música com auriculares (com fio).
A isto soma-se a possibilidade de expandir o seu armazenamento interno através de um cartão de memória micro SD até 512 GB. Por outro lado, o utilizador pode optar por usar um segundo cartão SIM (função dual-SIM).
O ecrã do Motorola Moto G30 é um misto de sensações
- Dimensões: 6,5 polegadas, IPS LCD
- Resolução: HD+ (720 x 1600 p) 269 ppp
- Taxa de atualização: até 90 Hz
Há pouco que gostar neste ecrã do Motorola Moto G30 além da taxa de atualização a 90 Hz. Aliás, seria preferível a utilização de um ecrã com maior resolução - Full-HD+ de preferência - com taxa de atualização convencional a 60 Hz.
Qualquer utilizador reparará na resolução da imagem num ecrã relativamente grande, mas não serão todos os que notam a diferença entre os 90 Hz e os 60 Hz. Dito isto, o painel apresenta uma boa visilibilidade ao ar livre, bem como no interior.
Em síntese, é um ecrã que deixa a desejar em 2021 para um telefone que custa parto de 200 €. A prioridade deveria residir na resolução, não na taxa de atualização.
Quatro câmaras, mas só uma realmente boa!
- Câmara principal: 64 MP (grande angular) + 8 MP (ultrawide) + 2 MP (macro) + 2 MP (profundidade)
- Câmara secundária: 13 MP
- Gravação de vídeo: até Full-HD a 60 fps
Para um telefone que custa até 200 € em 2021, o Motorola Moto G30 apresenta um leque competente de câmaras. O sensor primário tem 64 MP. abertura focal de f/1,7, auxiliado por um sensor de 8 MP (f/2,2) com dois outros de 2 MP para macro e profundidade.
Uma nota de louvor para o seu desempenho fotográfico em condições de boa luminosidade. A câmara principal capta boas imagens, ricas em detalhe e com bom contraste, geralmente muito agradáveis. Devo dizer que fiquei positivamente surpreendido.
Assim que as condições de luminosidade deixam de ser ideais, a qualidade das imagens começa a sofrer. É algo natural, ou pelo menos expectável para este segmento de preços, ainda que continuem a ter imagens e vídeo utilizável.
Podemos ainda tirar partido da câmara ultra-grande angular (com resultados geralmente bons), bem como a câmara macro. Esta última é particularmente divertida para captar detalhes, com os níveis de ruído digital controlados e resultados agradáveis.
A câmara frontal de 13 MP é igualmente capaz, indo ao encontro das expectativas existentes para um smartphone neste escalão de preços. Os resultados captados são perfeitamente utilizáveis, sobretudo em boas condições de iluminação.
Por outro lado, a captação de vídeo deixa algo a desejar, estando limitada ao padrão Full-HD (1080p) em ambas as câmaras. Os resultados não desiludem, contudo, tendo boa nitidez e captação de detalhes, mas esperava pelo padrão 4K.
Em síntese, temos câmaras competentes que não vão surpreender, mas acima de tudo também não desiludem. Infelizmente a captação de vídeo não vai ao encontro do padrão tão pedido atualmente do 4K.
Desempenho aceitável para um smartphone de gama média em 2021
- Processador: Snapdragon 662 5G (11 nm)
- Memória RAM: 4 GB / 6 GB
- Armazenamento: 64 GB / 128 GB
O processador Snapdragon 662 da Qualcomm é o seu coração, um chip octa-core com frequência máxima de 2 GHz e litografia de 11 nm. Auxiliado por 4 GB de memória RAM na versão testada, o armazenamento era de 128 GB com hipótese de expansão.
Regra geral o desempenho foi bom e até muito bom ao tirar da caixa. Todavia, com o passar dos dias e o acumular de aplicações, foi comum sentir alguns soluços na interface, sem que tal afetasse significativamente a experiência de utilização.
As principais especificações do Moto G30
- Ecrã: IPS LCD de 6,5 polegadas a 90 Hz
- Resolução HD+ (720 x 1600 p) 269 ppp
- Processador: Snapdragon 662 da Qualcomm (11 nm)
- Memória RAM: 4 GB
- Armazenamento: 64/128 GB com suporte para cartão MicroSD
- Bateria: 5000 mAh, carga a 20 W
- Câmara traseira: 64 MP (wide) + 8 MP (ultrawide) + 2 MP (macro) + 2 MP (profundidade)
- Câmara frontal: 13 MP (wide)
- Software Android 11
- Dimensões e Peso: 165,2 x 75,7 x 9,1 mm, 200 gramas
Em síntese, o desempenho vai ao encontro das expectativas para este processador que já foi mais novo. É suficiente para todas as apps de redes sociais e alguns jogos, mas fica atrás da concorrência oriunda da China neste quesito.
A Interface de utilizador (UI) é leve e atraente
- Sistema: Android 11 da Google
- Interface: Motorola UX
Parte significativa do desempenho agradável (mas não excelente) deste telefone deve-se à sua interface leve. Está muito próxima do "Android puro" o que pode atrair, ou afastar, alguns utilizadores. No entanto, é simples de usar e não sobrecarrega o hardware.
Em síntese, a interface leve continua a ser um dos trunfos da Motorola. Para quem procura um smartphone fácil de usar, com aspeto de Android puro, este Moto G30 dará resposta às exigência do quotidiano de forma perfeitamente competente.
O mais próximo de um Google Pixel que terão em Portugal
O utilizador pode tirar partido de vários serviços da Google incorporados neste telefone, seja o ecrã principal com o Discover da Google, ou a Assistente Google. Aliás, podemos personalizar os seus botões físicos (Power) para aceder à assistente.
Temos também os gestos para executar várias ações, seja para ligar a lanterna ou fazer uma captura de ecrã. Esta é uma das opções que os utilizadores Motorola reconhecerão de gerações anteriores.
A experiência de utilização é o mais próximo de um Google Pixel que terão em Portugal. Mais uma vez, a Motorola seguiu aqui um bom exemplo, provando que por vezes, menos é mais.
A autonomia de bateria é o maior trunfo do Motorola Moto G30
- Bateria: 5 000 mAh de capacidade
- Carregamento: rápido a 20 W
Tal como em gerações passadas, o Motorola Moto G30 surpreende pela autonomia de bateria. É o resultado de uma interface leve, ecrã de resolução comedida, bem como uma bateria de alta capacidade com 5 000 mAh. É fácil chegar aos dois dias de autonomia!
O tempo de ecrã ligado foi outro dos destaques positivos, colocando-se bem acima da média durante o período de teste. O telefone vem com um carregador a 20 W para agilizar a carga, sendo já um carregamento rápido.
Na prática, em 30 minutos temos mais de 30% de carga completa. Mais ainda, na eventualidade de precisarem de poupar energia, o Modo de Poupança é extremamente eficaz, permitindo usar essencialmente todas as apps do telefone.
Conclusão: ótima autonomia de bateria, mas pouco há de novo no Moto G30
Ainda que pouco ou nada se possa considerar irreverente neste smartphone, o seu intuito tampouco é esse. Este é, com efeito, um smartphone de gama média / baixa para quem procura um produto seguro, fiável e de que possa depender no quotidiano.
Desse modo, se valorizam a autonomia de bateria, construção robusta (ainda que algo pesada) e uma câmara fotográfica competente, vão gostar do Motorola Moto G30. É um telefone que, até 200 €, cumpre a premissa a que se propõe.
Em síntese, a relação preço / qualidade é mediana. Torna-se, contudo difícil justificar o preço de quase 200 euros pela versão base deste smartphone quando temos ofertas cativantes da Realme, Xiaomi, entre outras fabricantes.
Gostaríamos, contudo, de ver a Motorola a olhar para o futuro, mas há sempre espaço para uma alternativa tradicional.
Pontuação 4gnews (de 0 a 10)
Escolhas de design |
6 |
Qualidade de construção |
7 |
Ecrã | 6 |
Qualidade de som | 8 |
Performance / Desempenho |
7 |
Interface / UI |
8 |
Câmara |
8 |
Bateria |
9 |
Qualidade / Preço |
6 |
Pontuação | 7,2 - Bom |
A 4gnews agradece à Motorola o envio do produto para teste
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