O smartphone Motorola Moto G10 custa desde 129 € em Portugal à data de redação deste artigo. É a proposta de entrada da Motorola para 2021, colocando-se como o telefone a comprar para quem tem um orçamento muito restrito. Há, contudo, alguns pontos fortes além do preço dignos de nota, primeiro entre os quais a autonomia de bateria para um smartphone com Android 11.
A 4gnews testou este novo Moto G10, telefone de entrada de gama que marca também o décimo aniversário da linha Moto G. É fiel aos seus antecessores ao apresentar uma construção durável num produto extremamente acessível, mas com algumas limitações.
Enquadrando o leitor, imediatamente acima do Moto G10 temos o Moto G30 e, em seguida, o Moto G50.
Pontos fortes do Motorola Moto G10
- Smartphone barato em 2021
- Boa autonomia de bateria
- Interface (UI) leve com Android 11
- Construção robusta
Pontos fracos do Motorola Moto G10
- Desempenho lento e / ou com falhas
- Ecrã de baixa resolução
O mais barato para dar resposta às necessidades básicas
De modo sucinto, este é o smartphone mais barato que encontrarão em Portugal que funciona e dá resposta às necessidades básicas, tendo uma bateria digna de nota. Não esperem nenhum luxo, tampouco suporte para o padrão de redes de quinta geração - 5G - se bem que em Portugal para já tal não passa de uma promessa.
O Motorola Moto G10 consegue dar-nos uma experiência de utilização satisfatória em aplicações como redes sociais, jogos básicos e tarefas simples. É uma boa compra para telefone secundário, para idosos, para quem pouco faz além de comunicações.
Dito isto, se lhe atirarem algo mais exigente do que o Facebook, WhatsApp, Gmail, YouTube e outras redes sociais, verão quebras no desempenho e lentidão. Não é o fim do mundo, mas temos que nivelar por baixo as nossas expectativas para este Moto G10.
Escolhas de design e qualidade de construção
Aspetos-chave:
- Peso: aproximadamente 200 gramas
- Dimensões: 165,2 x 75,7 x 9,2 mm (altura x largura x espessura)
O Motorola Moto G10 é despretensioso. É modesto. É totalmente construído em plástico, mas sólido e inspira confiança ao pegar neste telefone. Aliás, acredito que sobreviva a uma (ou mais) quedas, ainda que nunca seja aconselhável testar essa robustez.
Dito isto, vemos aqui linhas simples, com uma nota positiva para o módulo das câmaras fotográficas traseiras, bem como para o leitor de impressões digitais, embutido no logótipo da Motorola. Tem ainda uma textura ondulada na traseira, algo elegante.
Em síntese, para um smartphone muito barato temos aqui alguns destaques bem positivos. Em primeiro lugar, a ilha das câmaras fotográficas, em segundo lugar a textura ondulada e sensação de solidez de todo o telefone.
Smartphone robusto, mas não desprovido de elegância
- Frente em plástico policarbonato
- Laterais (estrutura) e traseira em plástico policarbonato
- Construção e tratamento repelente da água
O utilizador pode comprar o Moto G10 em dois tons - Aurora Grey e Sakura Pearl. Temos também um botão dedicado para a Assistente Google na lateral, bem como os demais botões Power e seletor de volume nas laterais.
Há até um leitor de impressões digitais, na traseira, embutido no logótipo Motorola. Em síntese, para um smartphone barato em 2021 gostamos da sua qualidade de construção, aspeto robusto, mas não desprovido de elegância e acessórios incluídos.
O ecrã do Motorola Moto G10 é insípido com resolução HD 720p
- Dimensões: 6,5 polegadas, IPS LCD
- Resolução: HD+ (720 x 1600 p) 269 ppp
- Taxa de atualização: até 60 Hz
O Motorola Moto G10 apresenta um ecrã IPS LCD com baixa resolução e 6,5 polegadas de diagonal. É com naturalidade que vemos a marca a reduzir estas caraterísticas para manter o preço baixo, ainda que tal venha comprometer a experiência de utilização.
Não há suporte para HDR, não é particularmente brilhante e os ângulos de visão não surpreendem. Em síntese, para além do tamanho, margens reduzidas e cantos arredondados não temos propriamente aspetos positivos no display utilizado.
Mesmo assim a margem inferior, o queixo do smartphone, é algo notório, não que isso seja o pior aspeto do telefone. Note-se também que a câmara fotográfica frontal ocupa uma posição de destaque, na notch em forma de gota de água.
Não é um mau ecrã, mas não o confundirão com um painel AMOLED
Em síntese, é um ecrã simples que ajuda a tornar o smartphone mais barato. A taxa de atualização está nos 60 Hz tradicionais, mas é possível usar o telefone com um mínimo de qualidade nas principais apps de redes sociais e entretenimento.
Questionamos, contudo, o corte de custos neste quesito que tão amiúde convence, ou afasta um possível consumidor.
Temos quatro câmaras fotográficas num smartphone barato
- Câmara principal: 48 MP (grande angular) + 8 MP (ultrawide) + 2 MP (macro) + 2 MP (profundidade)
- Câmara secundária: 8 MP
- Gravação de vídeo: até Full-HD a 60 fps
A câmara principal quádrupla do Motorola Moto G10 é provavelmente um dos seus melhores atributos. Em primeiro lugar porque é raro encontrar uma configuração tão completa num smartphone acessível, ao que congratulamos aqui a Motorola.
O seu real desempenho fotográfico, a qualidade das imagens é francamente agradável em condições de boa luminosidade. Temos uma grande angular, ultra-grande angular, macro e câmara para auxiliar no efeito de desfoque de fundo e de profundidade.
Mais uma vez, tendo em consideração o seu preço de venda ao público, o facto de termos uma câmara quádrupla é digno de nota. Especialmente se esta câmara conseguir providenciar resultados utilizáveis e até bastante agradáveis, algo que, felizmente, consegue entregar.
Fotografias e vídeos aptos para partilha nas redes sociais
Seja a sua câmara principal ou câmara frontal de 8 MP, para publicar nas redes sociais as câmaras são boas o suficiente. Servirão para guardar memórias e partilhar os melhores momentos no Facebook, Instagram, WhatsApp, ou guardar no Google Fotos.
Em síntese, não podíamos pedir muito mais destas câmaras para um smartphone acessível e aqui a Motorola cumpre. De igual modo, a captação de vídeo em Full-HD 1080p também se mostra capaz de produzir gravações que valem a pena guardar.
Em ambos os casos - fotografia e vídeo - se prestarmos mais atenção aos detalhes, equilíbrio de cores / brancos, exposição e outros aspetos, as falhas começam a aparecer, sobretudo quando a luz escasseia. Algo expectável neste escalão de preços.
Desempenho sofrido, mas apto para uso básico em 2021
- Processador: Snapdragon 460 (11 nm) da Qualcomm
- Memória RAM: 4 GB
- Armazenamento: 64 GB / 128 GB (expansível)
O Motorola Moto G10 não é um telemóvel (smartphone) rápido. É um produto de entrada e dá resposta a aplicações mais simples, comunicações e acesso à Internet. Não esperem, contudo, aptidão para jogos mais pesados - e mesmo nos mais simples há soluços.
Tem 4 GB de memória RAM e é possível expandir o seu armazenamento interno com um cartão de memória micro SD. Além disso, tem a porta áudio jack de 3,5 mm para auscultadores. Sintetizando, temos caraterísticas modestas, mas que cumprem os mínimos.
As principais especificações do Moto G10
- Ecrã: IPS LCD de 6,5 polegadas a 90 Hz
- Resolução HD+ (720 x 1600 p) 269 ppp
- Processador: Snapdragon 460 da Qualcomm (11 nm)
- Memória RAM: 4 GB
- Armazenamento: 64/128 GB com suporte para cartão MicroSD
- Bateria: 5000 mAh, carga a 10 W
- Câmara traseira: 48 MP (wide) + 8 MP (ultrawide) + 2 MP (macro) + 2 MP (profundidade)
- Câmara frontal: 8 MP (wide)
- Software Android 11
- Dimensões e Peso: 165,2 x 75,7 x 9,2 mm, 200 gramas
Resumindo, temos um telefone básico apto a manter o utilizador ligado à Internet e a par das novidades. É um produto modesto, mas que, dentro das suas limitações, entrega um ambiente de utilização limpo e próximo do Android puro com a sua UI.
Podemos usar todas as redes sociais e a maioria das aplicações, ainda que com algum atraso por vezes, no quotidiano. Mais uma vez, a Motorola mostra-se exímia em entregar uma UI simples, leve, com ferramentas úteis e próxima do Android "puro".
A autonomia de bateria é o melhor aspeto do Motorola Moto G10
- Bateria: 5 000 mAh
- Carregamento: 10 W
A bateria tem grande capacidade com 5 000 mAh e, ainda que o carregamento seja lento a 10 W, o telefone tem autonomia para dois dias sem preocupações. Isto deve-se ao ecrã de baixa resolução e processador mais comedido, libertando o utilizador do carregador.
Para quem quiser usar o smartphone durante 12 horas seguidas a ver vídeos (ainda quem em HD), o tempo de ecrã ligado vai surpreender qualquer utilizador. Há aqui uma nota de louvor a dar à Motorola, mesmo com os sacrifícios efetuados.
Este telefone é algo espesso, mas não precisará de carregar todos os dias, algo particularmente raro.
Conclusão: o smartphone ideal se o orçamento for baixo!
O maior ponto de venda do Motorola Moto G10 é o seu preço baixo. Portanto, se o orçamento for bastante limitado este é um produto a considerar, tendo uma relação preço qualidade digna de nota. A isto soma-se uma sólida autonomia de bateria.
Tem também uma construção que aparenta ser durável, aspeto robusto, mas não desprovido de uma pouco de elegância. É um telefone simples, mas competente naquilo que faz, com a benesse de uma interface simples, próxima do Android puro.
Podemos recomendar este telefone para um utilizador casual, com orçamento restrito e que procure um produto simples.
Por outro lado, se procuram velocidade, poderio fotográfico e ecrã de alta resolução, então terão que gastar um pouco mais. É, assim, um telefone razoável que se destaca sobretudo pela autonomia de bateria.
Pontuação 4gnews (de 0 a 10)
Escolhas de design |
7 |
Qualidade de construção |
7 |
Ecrã | 5 |
Qualidade de som | 6 |
Performance / Desempenho |
5 |
Interface / UI |
8 |
Câmara |
6 |
Bateria |
9 |
Qualidade / Preço |
7 |
Pontuação | 6,7 - Razoável |
A 4gnews agradece à Motorola o envio do produto para teste
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