Huawei já olha para a Apple mas desde 2013 que não crescia tão pouco

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Apesar de já estar a olhar para a Apple como próxima empresa a ultrapassar, a tecnológica Bloomberg teve acesso, a liderança da Huawei mostra-se algo preocupada. Mais concretamente, o líder executivo da tecnológica, Ken Hu, revelou que, em 2017, o valor das receitas subiram apenas 15%.

Huawei enfrenta um quadro de estagnação agora que se prepara para entrar no mercado norte-americano

Crescimento que lhe valeu cerca de 600 mil milhões de ienes em receitas. O equivalente a cerca de quatro mil milhões de euros. Já por outro lado, no ano transacto de 2016, a Huawei tinha crescido 32%.

São números que falam por si e que compreensivelmente fazem soar alguns alertas. Sobretudo agora que esta empresa se prepara para entrar no mercado norte-americano através da operadora Ken Hu, o atual líder executivo desta empresa.

A Huawei tem a sua sede na província de Shenzhen, China e possui uma vasta rede de atividades geradoras de receita. Uma delas, e até à data a maior fonte de rendimento são os seus serviços de rede de telecomunicações. Fonte esta que está a enfrentar um período de estagnação.

Huawei terá vendido 153 milhões de smartphones em 2017

De acordo com um dos representante da marca este é efetivamente a principal causa do abrandamento no crescimento.

Segundo esta fonte "O negócio da nossa operadora foi afetado pelas tendências de investimento, mas mantém-se estável." Confirmando a assim a principal culpada deste quadro de notória estagnação. A construção da infra-estrutura de redes de próxima geração ainda não terá arrancado. O futuro? Esse passará pelo 5G.

Segundo este mesmo executivo da Huawei "as constantes flutuações dos mercados têm promovido, no seio da gigante tecnológica, uma cultura de alianças com outras operadoras para que sejam aproveitas novas oportunidades".

Estagnação dos serviços de rede de telecomunicações causam este abrandamento no crescimento da Huawei

Enquanto se preocupa em afastar as rivais chinesas como a OPPO, Vivo, Xiaomi, entre outras, a tecnológica de Shenzhen terá que revitalizar o seu segmento de redes e telecomunicações. Pelo menos enquanto a construção da próxima geração de redes não começar. Veja-se as inovação do 5G, maiores desafios da Huawei até à data.

Já por outro lado, se olharmos para o grupo Huawei Consumer Group. O seu departamento de smartphones, tablets e relógios inteligentes, aí o panorama é bem positivo. Mais concretamente, este departamento deverá crescer cerca de 30% face a 2016. Totalizando cerca de 236 mil milhões de ienes em 2017 - equivalente a cerca de 30 mil milhões de euros.

Já a título de curiosidade, esta empresa foi fundada em 1987 por um antigo engenheiro militar de seu nome Ren Zhengfei. Desde a sua fundação a Huawei já se tornou na maior construtora de dispositivos móveis no seu país natal. É também a terceira maior construtora a nivel mundial, logo atrás da Apple segundo os dados da IDC.

Para alcançar a Apple, a Huawei apostará no segmento premium

Para o futuro, a Huawei continuará a apostar cada vez mais nos dispositivos premium. Este será uma das suas estratégias para alcançar a Apple, o seu grande objectivo.

Aliás, durante um curto período de tempo, durante este Verão, a Huawei ultrapassou a Apple em número de smartphones vendidos. Posição que seria recuperada pela Apple pouco depois. Agora, a Huawei está novamente concentrada em ultrapassar a sua rival, Apple.

Neste comunicado o CEO não terá detalhado as especificidades do crescimento da empresa. Tal deverá acontecer em breve com a divulgação do relatório oficial de contas. Note-se que em 2016 a empresa também se comprometeu a reduzir os custos operacionais, cortando excessos para melhorar a rentabilidade. Alertou ainda para a perigosidade do otimismo cego e frisou bem a tolerância zero para com a corrupção.

E tu, acreditas que a Huawei consiga ultrapassar a Apple num futuro próximo? Deixa-nos a tua opinião abaixo, na seção dos comentários.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.