Google quer transformar os smartphones Pixel numa ferramenta de diagnóstico de cancro

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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A Google obteve recentemente a aprovação de uma patente que colocará os seus smartphones Pixel ao serviço da medicina. Para isso, a tecnológica quer que estes equipamentos estejam munidos de ferramenta de diagnóstico para o cancro da pele.

O processo envolve a recolha de imagens de lesões na pele dos utilizadores que serão, posteriormente, analisadas por um algoritmo de Inteligência Artificial (IA). Como sempre, esta será uma solução auxiliar e nunca uma ferramenta de autodiagnóstico.

O teu Google Pixel transformado numa ferramenta de deteção de cancro na pele

A patente submetida pela Google junto da entidade competente norte-americana tem como título "diagnóstico precoce da condição da pele usando sensores sónicos". Uma descrição bastante elucidativa do seu propósito.

Google Pixel cancro pele

Com efeito, o primeiro passo será tirar uma fotografia da pele que contenha alguma lesão. Este sistema utilizará um sistema com sensores sónicos tridimensionais para recolher a volumetria das lesões presentes na pele do indivíduo.

Estes dados serão posteriormente analisados por um algoritmo avançado de IA e machine learning. Este irá tentar perceber se está perante um caso de cancro e qual a sua dimensão.

Para isso, a Google irá treinar a sua Inteligência Artificial com uma vasta base de dados de imagens de pele e dados volumétricos. A condição da pele do utilizador será determinada com base em fatores como textura, cor, forma e padrões da lesão.

O relatório gerado por este mecanismo de IA poderá ainda determinar a severidade do diagnóstico e possíveis tratamentos. Tais dados deverão ser posteriormente analisados por um médico, servindo de apoio para a subsequente tomada de decisão.

Esta ferramenta irá ajudar-te a controlar melhor a condição de saúde da tua pele

Caso esta patente se concretize, a Google colocará no bolso da população uma ferramenta de vigilância contra o cancro da pele. De forma descomplicada e acessível, poderás dissipar ou confirmar suspeitas de lesões estranhas na tua pele.

Servirá ainda de apoio ao setor da dermatologia, auxiliando na deteção precoce desta condição de saúde. Caso seja bem implementada, ela poderá ser de extrema utilidade para os profissionais de saúde.

No entanto, importa sublinhar que este tipo de tecnologia não deverá ser utilizada para autodiagnóstico. Ou seja, os dados obtidos devem ser posteriormente analisados por um médico e terá de ser este a confirmar o diagnóstico e quais os tratamentos adequados.

Para concluir, referir apenas que a aprovação desta patente não significa que ela irá chegar aos utilizadores. Significa apenas que a Google está a trabalhar neste projeto e que já tem um trâmite legal importante cumprido caso a queira comercializar.

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.