Fez recentemente as manchetes de várias publicações o estudo que colocava o browser Google Chrome como o navegador, mais popular, e com mais vulnerabilidades registadas durante o ano de 2022.
Desde logo, importa frisar que pelo simples facto de as vulnerabilidades terem sido descobertas, não há um juízo de equivalência com a segurança do programa propriamente dito.
Google Chrome é o browser mais popular do mundo em 2022
Isto é, apesar do que também noticiamos previamente, não é tal um atestado de insegurança do browser. Ou seja, o facto de ter sido o Google Chrome o navegador com mais falhas detetadas, não significa que este seja o menos seguro do mundo.
Tal juízo de valor é precipitado, sendo baseado, primariamente, no estudo publicado pela Atlas VPN, uma filial da Nord Security. De acordo com o relatório em questão, sustentado nas métricas colhidas pela VULDB, o Chrome foi o browser com maior número de vulnerabilidades detetadas durante o ano de 2022.
Mais concretamente, até ao dia 5 de outubro haviam sido detetadas 303 vulnerabilidades este ano. Ademais, o valor cumulativo de vulnerabilidades detetadas desde o lançamento do Chrome no mercado ascende já às 3 159 instâncias. Esta é a informação.
Mais de 3 159 vulnerabilidades cumulativas detetadas no Chrome
Porém, há uma dissonância entre informação e conhecimento cada vez mais vincada na sociedade das tecnologias da informação, e o que diríamos então da sabedoria? Pois bem, o facto de estas vulnerabilidades terem sido detetadas não significa, imediatamente, que um determinado browser é o mais inseguro, ou seguro.
Importa aqui pegar nesta informação e confrontar a mesma com o esforço de correção destas lacunas pela Google. Ora, importa saber quantas destas vulnerabilidades foram corrigidas e a tempestividade com que tal esforço teve lugar.
Assim sendo, colhemos o testemunho da programadora @laparisa, em missiva enviada pelos representantes de comunicação da Google.
Vulnerabilidades corrigidas prontamente mitigam potencial risco de segurança
Podemos assim observar, com poucos pruridos, o tom jocoso com que esta programadora refuta a credibilidade, ou melhor, o impacto real das vulnerabilidades apontadas pela Atlas VPN.
Pode ser dito, em plena justiça, que interessa aos provedores de software de segurança online como é o caso amiúde de uma VPN, jogar com a sensação de insegurança dos consumidores.
Porém, tal conjetura não revoga a validade das métricas colhidas pela base de dados VULDB. Ainda assim, pode ser dito que Chrome e vários outros navegadores usam o software livre Chromium, para qualquer interessado possa trabalhar o software.
Falhas corrigidas com prontidão pela Google
Desse modo, é apenas lógico ver as falhas aparecerem com mais regularidade, seja pela popularidade do Chrome, mas sobretudo pela popularidade do "esqueleto" que lhe dá corpo.
Porquanto, sendo o interesse precisamente encontrar e sinalizar estas vulnerabilidades para permitir que sejam corrigidas o mais rapidamente possível.
Pode ser dito, por fim, segundo a informação entretanto disponível, que estas 300 falhas detetadas desde o início do ano terão sido prontamente corrigidas. Isto é, após a sua sinalização na base de dados referida supra, as mesmas terão sido colmatadas com a maior brevidade.
Em suma, mais falhas e vulnerabilidades corrigidas é um aspeto positivo, pois pior seria se estas tivessem sido apenas ignoradas pelos responsáveis. Ou seja, não é de todo sábio equivaler um maior número de vulnerabilidades detetadas, e como se viu, corrigidas com prontidão, a uma maior, ou menor insegurança de uma solução.
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