Ainda há pouco tempo a Samsung tinha anunciado um processo de recolha global de todos os Galaxy Note 7 provenientes dos lotes iniciais, fatalmente marcados por uma falha nas suas baterias. Processo esse que terá custado uns impressionantes mil milhões de dólares e hoje, após várias fontes confirmarem a notícia, a Samsung terá posto um fim a este equipamento.
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Chega assim ao fim a curta vida do Galaxy Note 7.
Este anúncio de descontinuação permanente do Galaxy Note 7 implicará prejuízos na ordem dos 17 mil milhões de dólares para a Samsung, uma notícia que nos chega um dia após as vendas terem sido interrompidas globalmente para este equipamento malfadado.
De acordo com a agência Reuters (fonte) que contactou alguns analistas de mercado, os prejuízos desta decisão rondarão os 17 mil milhões de dólares, um valor astronómico que se baseia no cancelamento das vendas de 19 milhões de unidades do Galaxy Note 7 durante o seu tempo de vida útil. Um aumento significativo nos prejuízos face ao valor inicialmente apontado de 5 mil milhões de dólares causados pelo processo de recolha. Já para não falar dos custos que a marca terá em livrar-se (reciclar) as unidades já produzidas.
Com o anúncio oficial do fim do Galaxy Note 7 a Samsung irá perder os lucros das vendas de um topo de gama, para além das compensações que terá de conceder às operadoras, lojas e intermediários, entre outros. É certo que a Samsung pode minimizar as perdas com as vendas dos equipamentos de gama média e gama-baixa mas sabemos bem que o lucro está na venda dos topos de gama e adivinham-se tempos difíceis no seio da marca sul-coreana.
O verdadeiro estrago causado pelo Galaxy Note 7 só será revelado com o passar do tempo mas, segundo a Reuters, a decisão de aniquilar o Note 7 foi inteiramente devida ao esforço de contenção para que a imagem da marca não fosse, ainda mais, afectada e associada às explosões. Uma decisão fria, corajosa, racional e essencial!
Em suma, uma coisa é certa, a Samsung tem poder económico e margem de manobra para ultrapassar este fiasco, sim, podemos chamar-lhe isso, o Galaxy Note 7 foi um fiasco e poderá resultar na perda de 85% dos lucros do departamento Mobile da marca para o presente período fiscal, percentagem que poderá ainda aumentar e assumir proporções mais nefastas para a Samsung.
Facilmente nos apercebemos de que se tal fiasco ocorresse no seio de outra construtora, veja-se a debilitada HTC, a temerária Sony e a corajosa LG, isto poderia ditar o fim das aventuras destas construtoras no segmento dos dispositivos móveis dado que os prejuízos para a Samsung são, de facto, astronómicos e poucas são as marcas que conseguiriam recuperar de tamanha derrota, mesmo que precise de vários meses, ou anos, para recuperar integralmente deste fiasco.
Acham que a Samsung tomou a decisão certa?
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