China é mais 'amiga do ambiente' na produção de Hidrogénio que a Europa e EUA

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 3 min.

A China é, atualmente, uma das nações mais tecnologicamente avançadas do mundo. Aqui, o custo de produção de baterias elétricas e soluções de mobilidade elétrica é muito baixo comparativamente com outros mercados e nações. Porém, esta nação tem as suas atenções postas igualmente no Hidrogénio como alternativa às soluções existentes de mobilidade e veículos elétricos.

É neste país que se concentra grande parte da produção mundial de produtos eletrónicos e onde já temos uma boa parte da produção mundial de carros elétricos. Aliás, de acordo com um novo estudo, a produção de soluções elétricas na China custa apenas um terço do seu custo na Europa e nos Estados Unidos da América.

A nova corrida à tecnologia de produção de hidrogénio é liderada pela China

China

Segundo os novos indicadores, o estudo feito recentemente pela empresa BloombergNEF, a China lidera a corrida ao hidrogénio, não só em patentes e tecnologia, como também em ecologia. Com a produção em massa deste componente bem encaminhada, o país aposta agora na eficiência e limpeza de todo o processo para garantir uma atividade ecologicamente eficiente.

Produção é muito mais barata na China que nos EUA e na Europa

Countries are recognizing the value of putting a price on carbon as a means to achieving their climate goals, but mass adoption of carbon markets is still a long way off. Here are five charts on the untapped potential of global carbon markets.🧵⬇️

— BloombergNEF (@BloombergNEF) 19 de setembro de 2022

De acordo com os dados mais recentes, a China pode ser a chave para a produção em massa, mais limpa e ecológica das soluções a hidrogénio. Em causa está o custo da eletrólise alcalina, na China, em cerca de 343 dólares por kilowatt. Segundo o estudo em questão, o custo do mesmo processo na Europa e nos Estados Unidos da América está nos 1 200 dólares por kilowatt.

Em suma, a produção de hidrogénio, para uso futuro em carros elétricos, por exemplo, mostra-se muito mais barato na China. Aliás, podemos afirmar que a sua produção na Europa e nos EUA custa até quatro vezes mais.

Note-se que a produção de hidrogénio é conseguida ao fazer passar uma carga elétrica pelas moléculas de água, separando-se o hidrogénio do oxigénio, os dois componentes da água (H2O).

Elevado preço da eletricidade na Europa e EUA dão vantagem à China na corrida ao Hidrogénio

More ambition is needed for real impact. We consider a well-functioning carbon market, or an ‘Olympic pool’, to be both broad and deep. It must have ambitious emission reduction goals and a large scope to enable the most decarbonization, which no carbon market has yet reached. pic.twitter.com/RfL7CU3A1d

— BloombergNEF (@BloombergNEF) 19 de setembro de 2022

Porém, de acordo com a mesma fonte, há ainda um longo caminho até que grandes nações como a China reduzam as suas emissões de carbono atmosférico. Para tal, a aposta no hidrogénio, capaz de alimentar desde carros elétricos até fábricas e linhas de produção, pode ser crucial neste esforço.

Por fim, recordamos o objetivo de reduzir em 30% as emissões de carbono até 2025, compromisso assumido pelas principais nações industrializadas. Face ao exposto, o futuro da China enquanto maior potência mundial parece cada vez mais certo face à Europa e aos Estados Unidos da América daqui em diante.

Carbon prices are still too low to have a material impact. The World Bank estimates that $50-100 per metric ton of CO2 is required by 2030 to meet the temperature goals of the Paris Agreement. Only the EU, UK and New Zealand currently have carbon prices within/above this range. pic.twitter.com/0dOOQMEWMn

— BloombergNEF (@BloombergNEF) 19 de setembro de 2022

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.