Apple vai novamente a tribunal acusada de encurtar a vida útil dos iPhone

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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Em Itália, o grupo de defesa do consumidor Euroconsumers agiu judicialmente contra a Apple. Esta é novamente acusada de degradar deliberadamente a saúde da bateria dos iPhone, uma prática também conhecida como obsolescência programada.

Esta é a mais recente ramificação do escândalo que estalou em 2017 e que ficou conhecido como "batterygate". A Apple é acusada de comprometer propositadamente a saúde da bateria dos iPhone 6, 6S, 6S Plus e 7 tentando forçar os utilizadores a comprarem um novo dispositivo.

Queixosos pedem uma indemnização de 60 milhões de euros

O documento levado junto das instâncias judiciais espera alcançar uma indemnização de 60 milhões de euros. Este valor resulta de uma compensação monetária a rondar os 60€ por cada um dos utilizadores que se viram lesados pela alegada obsolescência programada feita pela Apple.

Este processo judicial é fundamentado na crença de que a Apple não descriminou as alterações de performance introduzidas com o iOS 10.2.1. Esta versão do sistema operativo alterou o desempenho dos equipamentos onde foi instalada, resultando numa degradação mais rápida das suas baterias.

A intenção da Apple seria fazer transparecer aos utilizadores que os seus dispositivos já não possuíam um desempenho agradável. Uma forma de incentivo a que estes comprassem um novo iPhone.

Apple já veio desmentir a veracidade destas acusações

Como seria de esperar, a Apple não demorou a reagir ao assunto e a sair em defesa das suas práticas. Em declarações prestadas ao The Verge, a tecnológica americana afirma nunca ter feito nada que comprometesse intencionalmente a saúde dos seus produtos.

"Nunca fizemos - e nunca faríamos - nada para encurtar intencionalmente a vida útil de qualquer produto Apple ou degradar a experiência do utilizador para impulsionar um upgrade. O nosso objetivo sempre foi criar produtos que os nossos clientes adorassem, e fazer com que os iPhones durassem o máximo possível é uma parte importante disso."

Não é a primeira vez que a Apple é acusada de obsolescência programada

Por obsolescência programada entende-se a prática intencional de qualquer marca de tornar o seu produto obsoleto ou não funcional. O objetivo é forçar o consumidor a comprar a nova geração desse produto, aumentando assim as receitas da empresa.

A Apple terá aplicado este conceito ao encurtar deliberadamente a bateria dos seus iPhone 6 e iPhone 6S através de uma atualização de sistema. Isso valeu-lhe uma enorme controvérsia há poucos anos e vários processos judiciais.

Nos Estados Unidos da América, a tecnológica de Cupertino já aceitou pagar 500 milhões de dólares a um grupo que a acusaria precisamente de obsolescência programada. Um processo judicial que visava os iPhone 6, iPhone 6 Plus, iPhone 6S, iPhone 6S Plus, iPhone 7, iPhone 7 Plus.

Em fevereiro de 2019, a Apple recebia a notícia da aplicação de uma coima no valor de 10 milhões de euros das autoridades italianas. Uma vez mais, a razão para isso foi a obsolescência programada nos modelos acima mencionados.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.