Apple vende menos iPhones mas lucra mais com o iPhone X

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Foi ontem que a gigante norte-americana publicou o seu relatório fiscal oficial relativo ao último trimestre de 2017. Assunto que já aqui abordamos, na 4gnews. Todavia, são números e resultados que podem ser avaliados e interpretados de várias óticas. Se, por um lado, os lucros bateram novos recordes face ao período homólogo de 2016, nem tudo é assim tão perfeito. O Apple iPhone X é um caso de estudo.

Relembrando os dados, no último trimestre a Apple teve um lucro recorde (trimestral) de 88.3 mil milhões de dólares ou 70,3 mil milhões de euros nos últimos três meses do ano. Trata-se de um crescimento de 13%. Cifra animadora e não são assim tantas as empresas com um crescimento a dois dígitos.

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Para além dos números previamente abordados, a Apple afirma ainda que as vendas internacionais (fora dos Estados Unidos da América) representaram 65% dos lucros nesse trimestre. Nas palavras da própria "Estamos muito contentes por anunciar o maior crescimento trimestral na história da Apple". Mas terão assim tantos motivos para celebrar quando olhamos para o iPhone X?

A empresa acredita que sim. Segundo Tim Cook, CEO da Apple. "Atingimos uma meta muito importante ao termos mais de 1.3 mil milhões de dispositivos ativos em todo o mundo em janeiro. Trata-se de um aumento de 30% em apenas dois anos. Um testemunho da popularidade dos nossos produtos e da lealdade e satisfação dos nossos consumidores".

iPhone X é crucial para o crescimento da Apple

Aqui, a chegada do iPhone X ao mercado em novembro motivou um aumento considerável da procura por dispositivos premium. Algo que ajudou a Apple a conseguir um novo recorde de lucros na empresa norte-americana. O entusiasmo é bem notório nas palavras do CEO, Tim Cook que se revela um sagaz líder. Os lucros falam por si.

Todavia, importa atentar no gráfico que em seguida ilustra este artigo. Trata-se de uma compilação, uma agregação de resultados levada a cabo pela publicação Apple Insider. Fonte que acompanha atentamente todos os desígnios da empresa que criou o iPhone X.

Aqui podemos ver que o número de unidades vendidas (iPhone) é praticamente o mesmo do último trimestre de 2016. Algo que não impediu o cepticismo dos acionistas. Mesmo assim, apesar de o número de vendas não ter sofrido grandes alterações, cada iPhone foi vendido com uma maior margem de lucro. O resultado traduziu-se no crescimento das receitas.

Relembro ainda que alguns analistas tinham previsto uma forte queda no número de iPhone X's e iPhone's vendidos durante este trimestre. Todavia, tal não se verificou. Já para o próximo trimestre, o 1º de 2018, aí sim, esperamos uma diminuição no número de unidades vendidas. Aqui, a palavra chave é "sazonalidade". Depois da quadra natalícia em que muitos consumidores adquiriram um novo produto é normal sentir-se uma contração nas vendas.

Em suma, o iPhone continua a dominar as vendas na Apple. Já por outro lado, os Mac sofreram uma estagnação. Temos também os serviços como o iTunes e a App Store a eclipsar completamente as vendas dos computadores Mac. Até mesmo os acessórios (Wath e AirPods (e agora também o HomePod)) cresceram consideravelmente.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.