Há já alguns anos que a Apple investe muito na investigação e desenvolvimento de ecrã micro LED para os seus equipamentos.
Parece que a empresa de Cupertino estará já pronta para avançar com esta tecnologia, mas apenas no próximo Watch Ultra. A razão para o fazer somente neste wearable é imperativa: o custo de produção passa para o dobro.
Produção de ecrã micro LED custam o dobro à Apple
Desde há alguns anos que a Apple está a investigar e a desenvolver a tecnologia micro LED para ecrãs. É conhecida a vontade da empresa de Cupertino de deixar de ser tão dependente dos seus fornecedores. No caso específico dos ecrãs, a Samsung e algumas outras empresas são quem fornece os painéis OLED à marca da maçã.
Agora um novo relatório da MicroLED Industry Association lança algumas pistas sobre a decisão da Apple adotar os ecrãs micro LED e a forma como o vai fazer. Aparentemente, Cupertino vai começar por introduzir os ecrãs micro LED na sua linha de wearables, mais especificamente no próximo Apple Watch Ultra, que será lançado em setembro deste ano.
E a razão desta estratégia é simples, mas também imperativa: os custos associados à produção de painéis com esta tecnologia. Atualmente, a Apple paga à LG cerca de 20 dólares por um ecrã OLED com um brilho máximo de 1.000 nits para o Watch Ultra.
Ora um ecrã micro LED, exatamente com o mesmo brilho máximo, vai custar à Apple 40 dólares. As contas não são difíceis de fazer, o custo de produção passa para o dobro. Consequentemente, a Apple terá de aumentar o preço final de venda ao público do equipamento que integrar ecrã micro LED.
Introdução de ecrãs micro LED aumentam o preço final de venda ao público
E ainda que estejamos a falar da Apple, conhecida pelos seus preços elevados, um aumento substancial dos custos podia levar a que os utilizadores não comprassem equipamentos Apple. Por isso, a integração de um painel micro LED deverá apenas acontecer no Apple Watch Ultra que, por todas as suas especificações de topo, pode justificar o aumento no preço.
Junte-se ainda a estratégia da Apple de diferenciar os seus modelos mais avançados dos modelos base e tudo faz ainda mais sentido.
Claro que um ecrã micro LED tem uma grande vantagem para a marca e, sobretudo, para o utilizador. Em teoria, são capazes de fornecer um brilho mais elevado, consumindo menos energia. Especialmente no caso dos wearables e dos smartphones, frequentemente utilizados sob a luz solar, esta é uma grande vantagem.
Por todas estas razões, para já, será apenas o Watch Ultra 2 a apresentar esta nova tecnologia. Este wearable vai também funcionar como uma experiência, para a Apple perceber se o componente é bem recebido (ou não) pelos seus utilizadores.
No caso de ser bem-sucedido, podemos esperar ver a tecnologia nos restantes produtos Apple, mas não num futuro próximo. À semelhança do que já aconteceu com os ecrãs OLED, a empresa de Cupertino pode esperar pela redução nos custos de produção dos painéis micro LED para passar a utilizá-los em todos os seus produtos.
E o tempo de espera pode ser longo, afinal a Apple sabe esperar, como temos vindo a perceber pela demora da chegada do smartphone dobrável com a chancela de Cupertino.
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