A Apple é apenas uma da miríade de empresas cuja produção é feita na China. Não é segredo que os seus Apple iPhone são made in China, numa das suas várias fábricas e linhas de produção, sob a tutela de parceiros como a Foxconn, entre outras.
Perante a instabilidade social que se vive na gigante nação asiática, a produção dos modelos topo de gama da Apple, os iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max têm sido prejudicados seriamente pelos problemas nas fábricas.
O resultado? A escassez do produto no mercado, sobretudo na época natalícia.
Tensão na China leva Apple a procurar novas soluções para a produção dos iPhone
Porém, é igualmente do conhecimento público, a vaga de protestos e inquietação civil que tem grassado na China perante novas vagas de isolamento forçado e demais políticas apertadas sob o pretexto de controlar a COVID-19.
São protestos que já não se viam há mais de três décadas, com tumultos a assolar o país desde meados do mês passado. Aliás, tal como demos a conhecer, ficando impossível de ignorar a escala, violência e adesão popular às ações de revolta.
Marchando contra um "opressor" vestido da cabeça aos pés de branco, a população chinesa deseja liberdade de circulação, voltar para casa, ir para o trabalho, poder caminhar sem estar confinado.
Pequim tem endurecido as medidas de repressão e controlo da população, com o combate à pandemia a ser a ratio de ação, mas sem que as suas ações tenham silenciado, até ao momento, os cidadãos.
A agitação, entretanto, já afetou várias fábricas dedicadas à produção dos Apple iPhone, entre outros produtos da maçã.
Apple prepara solução de produção fora da China
Segundo as informações avançadas pelo The Wall Street Journal, a Apple começa a preparar um deslocamento da produção para fora da China. A medida visará reduzir a dependência das fábricas localizadas em território chinês, exploradas pela Foxconn.
A estratégia estará a ser delineada para que a Apple possa deslocar, pelo menos parte, da produção dos equipamentos para fora da China. Atualmente a maior fornecedora e produtora de equipamentos tecnológicos, a China é a maior parceira da Apple.
Certo é, porém, que a China tem visto a sua posição como centro de produção a enfraquecer gradualmente. Em simultâneo, empresas como a Apple começam a considerar seriamente deslocar, pelo menos parte, da sua produção para outras nações.
"Cidade do iPhone" chegou a ser responsável por 85% de todos os Apple iPhone
Porém, episódios de agitação social como os que abalaram a "Cidade do iPhone", o complexo industrial de produção dos Apple iPhone liderado pelo grupo Foxconn Technology terão alertado a tecnológica de Cupertino.
Recordamos o que ocorreu em Zhengzhou, na China, onde aproximadamente 300.000 trabalhadores operam numa fábrica gerida pela Foxconn para fabricar iPhones e outros produtos Apple.
Esta mesma fábrica de Zhengzhou foi palco de violentos protestes como os que podemos observar nas publicações de Twitter. Mais uma vez, os trabalhadores protestavam contra a opressão imposta pelo Partido Comunista Chinês sob a política de Zero Covid.
Por fim, tal como refere a Reuters, a situação na Cidade do iPhone estará controlada até ao início de janeiro. Os moldes exatos desta "reposição da ordem" não são integralmente conhecidos, mas esperamos que não signifiquem mais violência e repressão.
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