Apple afirma estar apenas a remover aplicações que comprometem a nossa privacidade

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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Ainda no dia de ontem demos-te a conhecer um relatório que sustentava que a Apple estaria a reprimir várias aplicações concorrentes ao seu Screen Time. Pouco tempo depois, temos um alto executivo da empresa norte-americana a dar a sua versão dos acontecimentos.

Foi em resposta ao email de um leitor da publicação MacRumors que Phil Schiller deu a sua versão dos factos. Segundo ele, a Apple está meramente a remover aplicações que comprometem a nossa privacidade.

Em causa estarão aplicações que estão a abusar de um sistema de gestão do iPhone. Este sistema tem como o objetivo monitorar a atividade dos mais novos para que os seus pais saibam exatamente o que os filhos andam a fazer com o smartphone.

Sistema de controlo parental será a base de todo este problema

Com efeito, as aplicações que têm sido removidas da App Store são aquelas que estão a explorar indevidamente este sistema de monitorização. O timing desta medida é, no entanto, pouco abonatório para as supostas boas intenções da empresa de Cupertino.

Ainda assim, Schiller continua a incentivar os programadores a desenvolver as suas aplicações de controlo parental. No entanto, estes têm de ter em conta que não poderão usufruir deste sistema de monitorização que a Apple tem nos seus equipamentos.

Contudo, realizar uma aplicação com base nestes moldes poderá tornar a mesma insignificante. Devido à "caixa de areia" na qual as aplicação do iOS correm, torna-se então impossível à aplicação A ter acesso aos dados da aplicação B.

Para que tal cenário pudesse ser alcançado, a Apple teria de entregar aos programadores uma nova API que lhes permitisse ter acesso aos dados de outras aplicações. Até ao momento, a empresa de Cupertino ainda não anunciou qualquer funcionalidade que faculte esse acesso.

A remoção de pelo menos 11 aplicações da App Store é a origem de todo este tema

Um relatório do The New York Times afirma que pelo menos 11 aplicações concorrentes ao Screen Time foram removidas da App Store ou limitadas na sua operacionalidade. Estas concorriam diretamente com a funcionalidade empregue no iOS 12, levantando a questão de até que ponto a Apple estaria disposta a ter a concorrência direta destas.

Tal cenário levou mesmo a uma queixa junto da União Europeia por alegada violação das leis da concorrência. A Apple, naturalmente, refuta qualquer verdade nestes factos, restando agora saber qual será o veredicto deste órgão europeu face às ações da empresa norte-americana.

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Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.