Apple acusada de diminuir o desempenho dos iPhone com 'bug' do iOS 14

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A Apple volta a ser acusada em sede judicial por obsolescência programada dos seus produtos, mais concretamente os iPhone. Em causa está um erro ou bug do iOS 14, uma das mais recentes versões do sistema operativo, que causava a drenagem de bateria.

Mais ainda, os dispositivos móveis terão sofrido uma redução propositada do desempenho, causando ampla frustração nos utilizadores e, potencialmente, criando a necessidade de comprar um dos modelos mais recentes. O caso está entregue aos tribunais nos EUA.

Apple volta a ser acusada de obsolescência programada nos iPhone

A peça processual refere que um vasto leque de utilizadores relatou severos problemas com a chegada do iOS 14.5 e do iOS 14.5.1, bem como no iOS 14.6 que deveria corrigir o impacto negativo na autonomia de bateria. O oposto viria a verificar-se em alguns casos.

Tal como aponta a publicação AppleInsider, a queixa traça uma relação de causalidade entre a atualização para as versões supracitadas o iOS e a redução acentuada da autonomia de bateria. De igual modo, apontam também estes updates como a causa da diminuição do desempenho, algo que terá sido sentido na forma de lentidão generalizada do sistema.

Estas são as duas principais fundamentações para a acusação de obsolescência programada por parte da Apple. Da forte redução da autonomia à diminuição do desempenho dos iPhone.

Redução da autonomia e do desempenho nos iPhone são as principais queixas

"A Apple beneficia do facto de não ser obrigada a revelar aos existentes e possíveis utilizadores de iPhone que as atualizações que trazem funções desejáveis e corrigem falhas de segurança, mas que também têm efeitos secundários como a diminuição do desempenho, ou a redução da autonomia de bateria", aponta o documento citado pela fonte supracitada.

Mais ainda, no documento é referida a prática concertada destes bugs que pouco terão de acidental. Ainda que a empresa os venha a catalogar posteriormente como tal, a sua existência não será mera coincidência.

A peça processual aponta que estes "erros" são mais comuns antes do lançamento de novos produtos Apple. A causalidade aqui será a frustração propositada dos consumidores. Desse modo, estariam mais predispostos a adquirir os produtos de nova geração.

Ainda de acordo com a peça processual, ao diminuir a autonomia dos modelos existentes, a Apple cria ainda mais impacto psicológio ao anunciar novos iPhone com melhorias na duração da bateria. É, assim, um ciclo vicioso de frustração e gratificação.

Fomento à compra dos novos modelos de iPhone

Em síntese, a acusação aponta que nada há de fortuito nos bugs do iOS. São, como aponta a peça, mais um instrumento de marketing para aumentar o desejo pelo novo produto.

A Apple estará provocar uma lentidão nos dispositivos existentes e a diminuir a sua autonomia. Ao mesmo tempo, "mima" os utilizadores com suporte alargado para modelos mais antigos, levando-os a atualizar os mesmos com as "novidades".

O resultado, segundo aponta a peça processual, é o fomento da compra dos novos iPhone. O caso está agora entregue às instâncias judiciais norte-americanas, sem que mais desenvolvimentos sejam conhecidos.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.