Em 2015 a ZTE apresentou-nos a sua linha de média-alta/alta gama Axon da qual fazem parte o Axon Mini e o Axon Mini Premium. Este último traz-nos muitas características interessantes como o Force Touch, sensor biométrico, ligação 4G, Dual SIM, entre outras.
Tendo utilizado este menino como smartphone pessoal durante duas semanas e cheguei a várias conclusões. Comecemos pela primeira coisa que reparamos num terminal: o aspecto visual.
Design
O Axon Mini Premium deve a sua qualidade de construção à Teague (designer do avião a jacto Boeing 787) e aos materiais premium que o acompanham. O terminal é construído com uma mistura de metal com liga de alumínio e titânio com uns acabamentos a simular uma costura de pele, sendo esses pintados na cor híbrida de metalizado/dourado. Aspecto visual é sempre subjectivo e varia de pessoa para pessoa mas é um smartphone bastante fino, elegante e ergonómico, na minha opinião.
Ecrã
Este smartphone oferece um excelente ecrã 2.5D AMOLED de 5.2" polegadas com resolução Full HD, traduzindo-se numa densidade de 423 PPI. As cores são vibrantes, o contraste está equilibrado e os ângulos de visualização não apresentam qualquer distorção. Tens ainda a escolha de vários modos de cor caso queiras mais ou menos saturação. A ligeira curva no ecrã está lá mas é mais fácil senti-la pelo tacto do que ver a olho nu.
Performance
Debaixo do capô temos o Snapdragon 616 octa-core até 1.5 GHz e o GPU Adreno 405. Juntam-se à festa ainda 3GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno expansível até 128 GB.
Os benchmarks pela maioria são subjectivos e dependem de muitos factores, a temperatura do terminal, o número de aplicações abertas, etc. De qualquer forma testei o Axon Mini Premium em 4 ferramentas diferentes e a nível de números não fiquei muito surpreso, o melhor desempenho foi claramente no Epic Citadel, com os gráficos 3D.
Fiquei com a impressão que o processador desequilibrou um pouco o nome "Premium". Achei que o chipset devia estar mais à altura. Embora raramente tenha havido lag ou salto de frames, achei que um terminal com 3 GB de RAM devia ser mais fluído. Na análise em vídeo no final do artigo irás perceber melhor o que quero dizer.
Câmara
O Axon Mini Premium tem uma câmara principal traseira de 13 MP com uma selfie shooter de 8 MP. Infelizmente este é outro aspecto que não considerei premium ou de alta gama. As câmaras são medianas, o que para a minha utilização foi suficiente. No entanto, a quantidade de ruído em fotos nocturnas e a falta de nitidez mesmo com luz pode desiludir utilizadores mais exigentes. Felizmente a interface da câmara traz bastantes opções para explorar incluindo um modo manual, portanto deixo o benefício da dúvida.
Vê todas as fotos capturadas com o ZTE Axon Mini Premium na qualidade original aqui: https://goo.gl/photos/Myp6QtvFFiCKSfAR8
Autonomia
A bateria deste smartphone é de 2800 mAh, o que é normal para os padrões de hoje em dia. Com utilização típica que inclui algum gaming, streaming de música através dos dados móveis, redes sociais e ligação Wi-Fi constante, consegui obter um dia inteiro, ainda tendo algum combustível de sobra. Isso deve-se ao facto do Axon Mini Premium consumir pouquíssima bateria quando está em standby. Com uso contínuo obtive umas 4-5 horas de ecrã ligado.
Interface
O sistema operativo de eleição é o Android Lollipop 5.1.1 com a UI MiFavor 3.2.0 da ZTE. Já sabem a minha opinião sobre skins por cima do Android mas pelo bem da análise de modo a que fosse o menos tendenciosa possível, decidi não instalar o Google Launcher.
Devo admitir que esta é das interfaces mais interessantes que já utilizei. Não existe gaveta de aplicações mas quase todos os aspectos são personalizáveis e demonstram o verdadeiro poder do Android. Desde a barra de notificações até às definições, o MiFavor apresenta-te montes de definições extra que vale a pena explorar. Não te esqueças de passar pela nossa análise em vídeo no final do artigo para veres as definições em pormenor.
Extras
Coloquei aqui por último esta categoria para falar dos dois elementos que diferenciam este Axon Mini Premium da sua versão normal Axon Mini: Force Touch e o sensor biométrico.
O Force Touch no Android não está tão desenvolvido como no iOS mas mesmo assim a ZTE incluiu funcionalidades interessantes como pré-visualização de conteúdo na galeria, voltar para o ecrã principal através de um toque firme na barra de notificações, entre outros. Podes também calibrar a pressão desejada.
O sensor de impressões digitais foi muito divertido de utilizar para desbloquear o terminal. O reconhecimento é rápido e falhou talvez 1 em cada 10 vezes. Configurei 3 dedos diferentes para testar a capacidade e o sensor não teve problema em detectar todos.
Conclusões
Em conclusão, o Axon Mini Premium é um smartphone que "vai a todas" como se diz no bom português. Creio que a intenção foi criar um terminal que se mantivesse relevante pois as tecnologias Force Touch e de sensor biométrico estão a tornar-se cada vez mais abundantes nos smartphones. Apenas o processador não achei que estivesse à altura do resto do poder "muscular". As câmaras são suficientes para quem tira umas fotos simples mas não vai agradar a entusiastas mais exigentes. Pelo preço gostava de ter visto um maior equilíbrio nas especificações, apesar da vertente "Mini". Felizmente essas lacunas são algo compensadas com a quantidade imensa de personalização, o som de qualidade e o ecrã que é uma beleza de se ver.
Para ficares completamente esclarecido, ver testes de som, vídeo e gaming, vê a análise em vídeo no nosso canal de Youtube e aproveita para subscrever pois temos imenso conteúdo à tua espera.
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