A Xiaomi acaba de divulgar o seu relatório financeiro referente ao terceiro trimestre deste ano, no qual regista uma queda de 9,7% na sua receita.
A marca chinesa está a ser afetada pela baixa procura por smartphones a nível global e pela política Covid-19 Zero que vigora na China.
Xiaomi atingida pelo Covid-19 e pela recessão do mercado de smartphones
As contas não enganam e a Xiaomi é a primeira marca a apresentar resultados financeiros que refletem a recessão do mercado global de smartphones e não só. A marca chinesa acaba de divulgar o relatório financeiro referente ao terceiro trimestre do ano e as notícias não são boas.
As vendas no terceiro trimestre somaram 70,17 mil milhões de yuans (9,5 mil milhões de euros), um valor abaixo dos 78 mil milhões de yuans (cerca de 10,6 mil milhões de euros) obtidos no mesmo trimestre do ano anterior e também um pouco abaixo das expectativas dos analistas que apontavam para os 70,52 mil milhões de yuans (aproximadamente 9,6 milhões de euros).
Contas feitas e a Xiaomi teve uma redução de 9,7% na sua receita. E, ao que tudo indica, existem dois motivos para esta queda. Em primeiro lugar, a política Covid-19 Zero em vigor na China.
De modo a conter surtos provocados pela variante Omicron, as autoridades chinesas têm imposto confinamento obrigatório em algumas zonas do país, o que levou a constrangimentos na cadeia de fornecimento de componentes, além de estar a afetar a atividade económica chinesa.
Em segundo lugar, a recessão global no mercado de smartphones, cujas vendas estão num dos níveis mais baixos dos últimos anos. Tal fica a dever-se à perspetiva de recessão económica originada pela guerra na Ucrânia.
Mas os analistas de mercado apontam ainda outra razão para os utilizadores não quererem adquirir um novo smartphone. Nos últimos anos foram construídos bons modelos que não suscitam a necessidade de serem trocados, levando os utilizadores a ficar com o mesmo terminal durante um período maior de tempo.
Por outro lado, os analistas consideram também que este ano, os fabricantes estão a introduzir poucas inovações nos novos modelos, o que está a levar a uma desaceleração neste mercado.
Mas ainda que os resultados não sejam tão bons como seria desejável, a Xiaomi mantem-se otimista. De acordo com o presidente da marca Wang Xiang, “o desafio na China é o Covid-19, visto que a situação de pandemia é ainda volátil. Mas ainda há espaço para crescimento nos mercados externos”.
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