Esta semana a Xiaomi apresentou o Mi 10 e o Mi 10 Pro globalmente. Os equipamentos são um grande passo de hardware por parte da empresa chinesa, mas também ficam marcados por uma considerável subida de preço.
Os Mi 10 e Mi 10 Pro foram anunciados em fevereiro na China com preços de 526 € e 658 €, respetivamente. Esta semana os utilizadores ficam a saber que na Europa esses preços passam para 799 € e 999 €, respetivamente.
De uma fabricante que sempre habituou os utilizadores a qualidade-preço, estes valores acabaram por levar a uma onda de críticas nas redes sociais. A verdade é que estes equipamentos parecem marcar o fim de uma era de topos de gama por parte da Xiaomi, e a fabricante já nos tinha avisado há algum tempo.
Se o Xiaomi Mi 9 chegou à Europa por 449 €, o seu sucessor será vendido inicialmente por perto do dobro do preço. E se bem nos recordamos, essa foi uma vontade manifestada pelo CEO da Xiaomi, Lei Jun, há cerca de um ano.
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As afirmações de Lei Jun em março de 2019
“Na verdade, queremo-nos livrar dessa reputação de que os nossos smartphones custam menos de 2000 iuanes. Queremos investir mais e produzir melhores produtos. Esta pode ser a última vez que o nosso preço estará abaixo dos 3000 iuanes (379 €). No futuro os nossos smartphones devem tornar-se mais caros; não muito, mas um pouco mais caros”, disse Lei Jun.
Estas foram declarações feitas em relação aos topos de gama da Xiaomi. Perante o investimento feito nos componentes do Mi 10 e Mi 10 Pro, e o preço alto do Snapdragon 865, levou a marca a subir os preços para ir além dos 5% de margem de lucro a nível global.
Se a estratégia vai resultar, será o mercado a dizê-lo. Com estes preços, será a Xiaomi a competir diretamente em faixas de preço onde reinam marcas como a Samsung e a Apple.
A verdade é que para poder cobrar estes preços, a Xiaomi terá de conseguir maior confiança por parte dos consumidores. Principalmente ao nível de suporte de pós-venda e estabilidade da sua user interface. Algo que Samsung ou Apple conseguem fazer.
Este pode ter sido um tiro no pé da fabricante, e dentro de meses poderemos ter os equipamentos à venda a preços mais apelativos. Quanto a futuros topos de gama mais baratos, deverão ficar reservados para as submarcas Redmi ou Poco.
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