Xiaomi torna mais de 50 dos seus colaboradores em milionários

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Colaborador, trabalhador ou funcionário, a aqui noticiados na 4gnews.

Fundada em 2010, o início da fabricante Android, na altura uma simples startup deve-se sobretudo as esforços conjuntos de 56 colaboradores. Liderados por Lei Jun, atual CEO da empresa, sem o investimento inicial destes 56 indivíduos a Xiaomi provavelmente não existiria.

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Tal como aponta a Bloomberg, antes de vender o seu primeiro smartphone, 56 dos primeiros colaboradores amealharam um total de 11 milhões de dólares. Este foi o fundo inicial de investimento que serviu de catalisador para a fabricante Android.

Este grupo inicial de colaboradores utilizaram as suas poupanças, venderam os seus bens e pediram empréstimos aos seus pais. Todas as suas economias e esperanças foram depositadas numa única entidade, a recém-nascida Xiaomi.

56 colaboradores a quem a Xiaomi deve a própria existência

Agora, oito anos depois, a Xiaomi é uma das jovens empresas mais bem sucedidas em todo o mundo. Neste momento prepara-se para se tornar numa empresa com capital público. Por outras palavras, estando cotada em bolsa, qualquer investidor poderá comprar ações da empresa, isto após o IPO. A Oferta Pública Inicial da empresa realizar-se-á até ao fim do próximo mês de junho. A partir daí tudo dependerá do interesse dos investidores, podendo a empresa valorizar ainda mais, ou vice-versa.

O destino dos 56 colaboradores que acreditaram desde logo na Xiaomi será agora dourado. Fruto do seu investimento inicial que permitiu à empresa arrancar, as sua ações (conjuntas) podem em breve valer entre mil milhões de dólares até 3 mil milhões de dólares.

Dividindo esta massa, em média cada um dos 56 colaboradores pode ver o seu investimento a render agora cerca de 36 milhões de dólares. Isto com base no valor médio das ações detidas por cada um destes venturosos "investidores".

A história da Xiaomi começou em 2010, num escritório "despido"

A Boomberg avança o exemplo de Li Weixing, engenheiro e antigo colaborador da Microsoft, tornou-se o colaborador nº 12 da empresa. Juntou-se à Xiaomi em 2010 quando na altura esta operava num escritório extremamente simples. A partir daí a Xiaomi cresceria para se tornar na 4ª maior fabricante mundial. Sendo já a fabricante líder de vendas na Índia, o 2º maior mercado mundial de smartphones.

Este colaborador contribuiu com cerca de 79 mil dólares ou 67 mil euros em 2010, as suas poupanças. Na altura, Li queria comprar uma casa, não sendo a quantia suficiente para tal. Posto isto, decidiu investir na Xiaomi - conta Lei Jun em declarações à Bloomberg.

Já por outro lado, uma boa parte dos colaboradores, incluíndo o próprio CEO, Lei Jun, já tinham uma situação económica confortável. Na altura, o exemplo de Weixing serviu de mote aos restantes 55 colaboradores. Agora, o seu investimento inicial pode valer entre 10 milhões de dólares a 20 milhões de dólares, dependendo do valor das ações.

Cada um dos 56 colaboradores pode ver o seu investimento a valer agora cerca de 36 milhões de dólares / 30 milhões de euros

Deste grupo de 56 colaboradores da Xiaomi seria a n.º 14 quem agora mais lucrará. Em 2010 investiu cerca de 31 mil dólares (26 mil euros). Agora pode receber entre 1 milhão de dólares (850 mil euros) a 8 milhões de dólares (6.7 milhões de euros).

Perante a adesão inicial do staff ao investimento na empresa, o CEO teve de intervir. Lei Jun colocou um teto máximo de 300 mil iénes / 46 mil dólares / 39 mil euros para o investimento. Isto para precaver o endividamento dos colaboradores ou o recurso a empréstimos para investir na Xiaomi.

A Xiaomi é atualmente a 4.ª maior fabricante mundial de smartphones

Segundo as previsões da Xiaomi, este grupo de 56 colaboradores pode auferir até 3 mil milhões de dólares ou cerca de 2.6 mil milhões de euros. Isto quando a empresa for finalmente cotada na bolsa de Hong Kong ainda este ano. Aqui o valor final dependerá depois do comportamento do mercado.

Neste momento os planos da marca passam por Portugal. Por Espanha. França. Itália. Áustria e em breve pelos restantes mercados europeus. Depois de se afirmar como gigante asiática, a Xiaomi visa agora o velho continente para continuar a expandir-se e a crescer.

Xiaomi quer vender 100 milhões de smartphones em 2018

Durante o ano de 2018 a fabricante chinesa visa vender um total de 100 milhões de smartphones e dispositivos móveis. Segundo as agências de análise de mercado como a CounterPoint Research, no 1.º trimestre do ano já vendeu mais de 28 milhões de unidades.

Os seus produtos primam pela relação preço / qualidade com a marca a implementar uma margem máxima de lucro limitada a 5%. Este sendo um dos seus principais "segredos" para o sucesso que se torna cada vez mais visível dia após dia.

De origens humildes até aos lugares cimeiros do mercado mundial de dispositivos móveis, a história da Xiaomi é sem dúvida fascinante.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.