Há alguns anos atrás, o Windows Phone era um dos melhores sistemas operativos que podias encontrar para smartphones de gama baixa. De facto, este era um sistema operativo que oferecia uma fluidez ímpar a equipamentos que eram mais limitados em termos de hardware. Esta era a melhor escolha para os que pretendiam um smartphone na ordem dos 100€.
Infelizmente esta história mudou completamente. Com a chegada do Windows 10 Mobile, as expectativas eram muitas, mas todas elas saíram furadas. Este acabou por se revelar um SO muito mais pesado do que o seu antecessor e com alguns problemas ao nível da experiência de utilização.
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Já aqui era notório o caminho para o abismo por parte da Microsoft no setor mobile? Provavelmente não. Todos tínhamos a esperança que este fosse apenas um reflexo de um sistema operativo ainda por terminar, onde mais tarde, e com algumas correções, pudesse voltar ao caminho certo.
Infelizmente tal não se verificou. Se juntarmos a esta equação a eterna falta de aplicações disponíveis para a plataforma, temos então um sistema operativo em constante desvantagem perante os seus concorrentes. Mas será demasiado arriscado dizer que o fim do Windows Mobile se aproxima a passos largos?
Os fãs da Microsoft certamente que poderão dizer que não. Mas em contraponto temos uma Microsoft que parece já nem ela própria acreditar no seu produto. Senão vejamos.
A empresa de Redmond já se retirou do mundo do fabrico de smartphones, deixando assim o mercado sem uma referência de como deve ser feito um smartphone para o Windows Mobile. Ainda há poucos dias anunciou oficialmente que apenas treze smartphones irão receber a nova Creators Update. E agora ficamos a saber que a aplicação que permite aos utilizadores do Windows Phone 8.1 atualizarem o seu equipamento para o Windows 10 Mobile foi retirada do mercado.
Em termos práticos isto significa que quem for detentor de um smartphone originalmente lançado com o Windows Phone 8.1, caso queira fazer o downgrade do Windows 10 Mobile para a versão original, ficará impedido de voltar à versão mais recente. Todas estas manobras vão no sentido contrário de afirmações anteriores que davam conta de que a Microsoft iria suportar o Windows 10 Mobile para o maior número de dispositivos possível.
Isto têm sido manobras de alguém que já não acredita no seu próprio produto. É triste ter de dizer tal coisa, pois quanto maior variedade existir no mercado, melhor acabará por ser servido o utilizador final.
Nem a Microsoft parece acreditar no Windows 10 Mobile
Se isto representar o fim do Windows 10 Mobile, o que nos reserva o futuro da Microsoft? Temos um mítico Suface Phone que teima em não ver a luz do dia. Irá este novo equipamento nos apresentar uma plataforma totalmente renovada? Será ele o equipamento que irá catapultar o Windows Mobile novamente para a ribalta?
As perguntas são muitas e as respostas escassas. A verdade é que, neste momento, o futuro da Microsoft não se perspetiva muito risonho. E isso é um problema para os amantes Windows, pois estes poderão vir a ser obrigados a migrar para uma nova plataforma, a menos que estejam dispostos a utilizar equipamentos cada vez mais obsoletos.
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