Um Crime no Expresso Oriente - Um assassinato sobre carris

Rute Ferreira
Rute Ferreira
Tempo de leitura: 2 min.

O romance policial de sucesso de Agatha Christie, Um Crime no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express), publicado pela primeira vez em 1934, deu origem novamente a um filme. Desta feita, foi Kenneth Branagh, que quis recriar uma longa metragem baseada no livro.

Em 1974, Sidney Lumet realizou o primeiro filme “Um Crime no Expresso do Oriente”, um êxito na altura que fez juz ao romance e teve grandes interpretações de Albert Finney (que protagonizou Hercule Poirot), Sean Connery,Lauren Bacall e Ingrid Bergman (que foi premiada com o Óscar de melhor actriz secundária).

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Em 2017, Kenneth Branagh dirige e protagoniza o detective belga Hercule Poirot, que deixa ao espectador a sensação de um “remake” fraco e sem grande suspense.

A história, que se passa durante a viagem do Expresso Oriente, centra-se no assassinato de Edward Ratchett (Johnny Depp), um negociador de arte, rude e frio, que tenta enganar as pessoas dizendo-se honesto, mas que vê a sua vida constantemente ameaçada. Hercule Poirot inicia assim uma investigação para descobrir de 13 pessoas, qual a que assassinou Ratchett.

Este Um Crime no Expresso Oriente ficou aquém do esperado, devido a uma possível sequela!

Este detective, que sai completamente fora do "típico" Poirot de Agatha Christie, mais divertido e espontâneo, muito dado ao romantismo, menos racional e mais emotivo e com um bigode exageradamente grande faz adivinhar um filme pouco virado para os factos e para as pistas que podem gerar expectativas ao espectador. Centra-se, por isso, mais nos traços psicológicos das personagens suspeitas do crime.

Ao vermos um detective com rasgos de uma pessoa que sofre do transtorno obsessivo/compulsivo, pensa-se que os detalhes no filme terão extrema importância, dada a habituação que estamos a interpretações mais fidedignas de um Poirot, o que não é o caso.

No que toca à abordagem de temas, Um Crime no Expresso do Oriente visou o alcoolismo, a corrupção, a descriminação racial e os efeitos especiais, que são uma mais valia para o mesmo, mas que também não chegam para construir uma narrativa surpreendente.

O grande elenco que constitui a história, com nomes consagrados como Michelle Pfeiffer, Penélope Cruz e William Dafoe, também não se destaca pelas suas interpretações, por vezes sem muita consistência.

Este Um Crime no Expresso do Oriente, que se debate mais sobre o certo ou o errado, do que em fazer-se justiça, fica aquém do que se esperava, muito embora se preveja uma possível continuidade para esta história.

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