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Tens criptomoedas? Este foi o maior ataque da história

Bruno Coelho
Bruno Coelho
Tempo de leitura: 2 min.

Nos últimos dias foi registado um ataque cibernético abalou o mundo das criptomoedas. Os hackers roubaram 1,5 mil milhões de dólares da bolsa Bybit, invadindo uma carteira Ethereum offline.

O que torna este ataque particularmente alarmante é a mudança de tática dos criminosos. Em vez de explorarem falhas de código, estão a manipular as vulnerabilidades humanas através de engenharia social e manipulação da interface do utilizador.

Este ataque foi analisado pela Check Point Research, que afirma que não é um caso isolado. É referido como o expoente máximo de uma nova era de ataques direcionados a criptomoedas. Já em julho de 2024, a Check Point tinha detetado um padrão de exploração da função "execTransaction" do protocolo Safe, um método que os hackers agora utilizam em larga escala.

Como o ataque se desenrolou

Os atacantes não se infiltraram em contratos inteligentes. Em vez disso, usaram interfaces de utilizador falsas para enganar os signatários das carteiras frias multisig da Bybit, levando-os a aprovar transações fraudulentas. As táticas principais incluíram:

  • Engenharia social: identificação de funcionários da Bybit com autoridade de assinatura.
  • Manipulação da IU: implementação de interfaces falsas para mascarar transações maliciosas.
  • Exploração lógica: utilização de prompts enganadores para contornar a segurança.

Principais conclusões da investigação da Check Point

  • Carteiras frias já não são seguras: mesmo as carteiras Ethereum offline podem ser violadas através da manipulação da interface do utilizador.
  • Multisig não é infalível: os atacantes exploraram a função "execTransaction" do protocolo Safe, um método sobre o qual a Check Point alertou em julho de 2024.
  • Um apelo para uma segurança mais forte: A indústria de criptografia deve monitorizar as transações em tempo real e fazer a análise comportamental para detetar fraudes antes que os fundos sejam perdidos.

Oded Vanunu, chefe de pesquisa de vulnerabilidade de produtos da Check Point Research, adverte: "O ataque à Bybit não é surpreendente - em julho passado, descobrimos a técnica de manipulação exata que os atacantes usaram neste assalto recorde. A conclusão mais alarmante é que mesmo as Cold Wallets, outrora consideradas a opção mais segura, são agora vulneráveis".

O executivo conclui que: "Este ataque prova que uma abordagem de prevenção em primeiro lugar, protegendo cada passo de uma transação, é a única forma de impedir que os cibercriminosos levem a cabo ataques semelhantes de grande impacto no futuro."

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Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.