Spotify é a mais recente tecnológica a despedir em massa em 2023

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 2 min.

A tecnológica sueca dedicada ao streaming de música e podcasts online é a mais recente Big Tech a cortar na massa laboral. Com efeito, a empresa liderada por Daniel Ek, o Spotify, despedirá uma parte dos seus funcionários como medida de reajuste fiscal.

Em comunicado assinado pelo homem forte da empresa, Daniel Ek expõe as motivações e a ratio para a tomada de uma das decisões mais difíceis que se colocam perante qualquer gestor. Ter que despedir parte dos seus trabalhadores é, nas palavras do próprio, uma decisão inevitável face à atual conjetura económica mundial.

Spotify segue o exemplo da Google, Microsoft, Facebook, Amazon e Twitter

Ainda há escassos dias demos a conhecer uma decisão similar junto da Google que despediu cerca de 6% da sua massa laboral em todo o mundo, com efeito imediato. Anteriormente, já no final de 2022, também o Twitter e em maior escala a Amazon seguiram a mesma via. Porém o grupo Meta, responsável pelo Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp fariam o mesmo, bem como a gigante de Redmond, a Microsoft que fez cessar o vínculo laboral com 10 mil trabalhadores.

Dito isto, estamos perante uma verdadeira retração das principais empresas tecnológicas, com a sua fundamentação a residir na crise económica, inflação, impacto da guerra e demais vicissitudes sócio-económicas. Atentemos agora, pois, no caso do Spotify.

Cerca de 600 trabalhadores perdem o seu posto no Spotify

Em comunicado, Daniel Ek coloca a tónica nas alterações a efetuar no seio da empresa, envolvendo também o despedimento de 600 trabalhadores da empresa. O objetivo passa por cortar em 6% a massa total de trabalhadores da empresa.

Entre as justificativas mais sonantes, Ek aponta a necessidade de tornar a empresa "mais eficiente". Desse modo, cortará nos postos laborais que não considere essenciais ou suficientemente produtivos no seio da sua entidade.

On March 8, we're pulling back the curtain on what’s next for Spotify. Excited to show all creators what's coming. Stream On 2023. https://t.co/mnu0nBMPZI

— Daniel Ek (@eldsjal) 12 de janeiro de 2023

Internamente a notícia terá sido veiculada através de um memorando, uma comunicação interna em que o CEO arcava com as responsabilidades da decisão. Porém, reiterando a necessidade de proceder a esta difícil decisão com efeitos imediatos.

A empresa sueca está também a reestruturar o seu modelo de negócios. A partir de agora, o departamento de engenharia e de produto ficarão sob a alçada de uma só pessoa. De igual modo, nomearão um novo chefe de negócios. Ambos os executivos responderão diretamente a Daniel Ek e ajudarão nas tarefas diárias da direção do Spotify.

Os maiores lay-offs das Big Tech até ao momento:

  1. Amazon: 18 000 funcionários - 2022
  2. Alphabet (Google): 12 000 funcionários - 2023
  3. Meta (ex-Facebook): 11 000 funcionários- 2022
  4. Microsoft: 10 000 funcionários - 2023
  5. SalesForce: 8 000 funcionários - 2022
  6. HP: 6 000 funcionários - 2022
  7. Twitter: 3 700 funcionários - 2022
  8. Spotify - 600 funcionários - 2023

Amid an avalanche of layoffs, music streaming giant Spotify announced Monday that it would cut 6% of its global workforce https://t.co/qBvQIUYskb

— TIME (@TIME) 23 de janeiro de 2023

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.