Samsung cai perigosamente na China graças à Huawei e Xiaomi

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 2 min.

Segundos os dados da agência Qualcomm Snapdragon 630 e 660 trazem mais potência aos gama média

Durante os primeiros quatro meses de 2017, a Samsung obteve uma quota de mercado de 3.3% naquele país, vendendo cerca de 3.5 milhões de dispositivos. No mesmo período de 2016 a sua quota de mercado ascendia aos 8.6%. Estes valores cristalizam uma preocupante queda de 60% no Q1 de 2017 face ao período homólogo de 2016.

O que terá provocado a queda da Samsung?

De acordo com uma publicação avançada pelo TheInvestor, uma publicação sul-coreana, a principal causa para este passo em falso da Samsung são as marcas locais. Dezenas de construtoras que, cada vez mais, abrem pequenas lojas físicas e começam a vender os seus produtos. Mesmo em regiões mais remotas, as pequenas construtoras aproveitam, cada vez mais, o potencial público ao deslocarem-se para junto desta populações.

Por outro lado, marcas como a Xiaomi apostam em vendas relâmpago. Campanhas de vendas com preços extremamente apetecíveis e um forte empurrão do marketing e publicidade em grandes centros urbanos densamente povoados. E claro, marcas estabelecidas como a Samsung são caros e se já o eram , os novos Samsung Galaxy S8 e Samsung Galaxy S8+ voltam a elevar esta fasquia. Para além disso, os smartphones da gigante sul-coreana só estão disponíveis em lojas físicas e carecem de aplicações concebidas especialmente para um país que proibiu a Google Play Store.

Como contornar esta derrapagem?

Apostando na plataforma de vendas online, lançando novos equipamentos mais acessíveis e ajustados para o PIB per capita chinês. Equipamentos como o Samsung Galaxy J7 2017 poderão ser a solução. Contudo, a marca terá que apostar na descentralização das suas lojas físicas se quiser chegar ao grande público que ainda reside fora dos centros urbanos. Sem esquecer, é claro o maior problema em mãos, a falta de aplicações que suprimam a falta de aplicações causada pelo embargo à Google Play Store. Em suma, será uma longa e árdua jornada para a Samsung.

A gigante sul-coreana necesita de encarar estes problemas mas está longe de ser a única em apuros. A Apple e restantes marcas estrangeiras não estão muito melhor. Contudo, ainda há cerca de 3 anos era a Samsung que dominava o mercado chinês com cerca de 20% da quota de mercado e agora obteve uns meros 3.3%. Este que é o maior mercado mundial de dispositivos móveis está assim, dominado pelas marcas locais.

Outros assuntos relevantes:

OnePlus 5: Nova imagem confirma nome e época de lançamento

Snapdragon 845 já estará a ser desenvolvido para equipar o Galaxy S9

Estás à espera do Microsoft Surface Pro 5? Podes sentar-te…

Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.