A OpenAI, conhecida pela plataforma de IA generativa ChatGPT, recentemente alterou a sua política de utilização, tendo eliminado a proibição explícita do uso da sua tecnologia IA para “fins militares e de guerra”.
Esta alteração gerou debate sobre a aplicação da tecnologia de Inteligência Artificial no ramo militar, mas a OpenAI já garantiu que esta mudança apenas pretende facilitar a compreensão dos seus princípios.
“Princípios universais e de fácil compreensão” são o objetivo da OpenAI
O facto de ter alterado a sua política de utilização, voltou a colocar a OpenAI no meio de um debate aceso. A empresa já veio publicamente garantir que a alteração nos estatutos tem como objetivo fornecer “princípios universais e de fácil compreensão” para todos os utilizadores.
Na mesma nota à imprensa, Niko Felix, porta-voz da OpenAI, afirma que os estatutos continuam a enfatizar o princípio de não prejudicar os outros, mas que agora são mais amplos e podem ser aplicados em mais contextos.
Mas esta alteração chega numa altura em que é igualmente notícia que a OpenAI está a colaborar com a DARPA – Defense Advanced Research Projects Agency – no desenvolvimento de ferramentas de segurança cibernética.
Com a anterior política de utilização, esta colaboração não poderia existir, devido à proibição explícita que colocava a agência norte-americana de defesa na categoria de militar.
Dizem alguns especialistas da área que os atuais estatutos da OpenAI equilibram agora a utilização ética de Inteligência Artificial com as vantagens que esta pode fornecer em contexto de segurança nacional.
Alteração de estatutos abre porta a mais colaborações militares
Por sua vez, Sarah Myers Wets, do AI Now Institute, destaca que a alteração aos estatutos surge no mesmo momento em que aumenta a utilização de tecnologia de Inteligência Artificial em zonas atualmente em conflito.
A mesma responsável sugere que esta mudança abre as portas a outras colaborações militares que, geralmente, oferecem incentivos financeiros significativos às empresas tecnológicas.
E este debate promete continuar ao longo deste ano, muito possivelmente, com a OpenAI no centro de alguma polémica.
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