O smartwatch BLOCKS está cada vez mais perto de concretizar o sonho da Phoneblocks

André Brito
André Brito
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O poder de uma ideia é completamente subestimado. O Phoneblocks foi exatamente isso, uma ideia, que provavelmente ocorreu a várias pessoas, mas que uma delas transformou num vídeo, que consequentemente se tornou viral e mostrou ao mundo uma solução para um problema pelo qual todos nós passamos diariamente. E o problema é exatamente a questão de todos os equipamentos eletrónicos, que usamos no nosso dia-a-dia, ficarem completamente desatualizados num espaço de tempo, por vezes, menor que um ano.

O Phoneblocks como que introduziu o conceito de modulação, o que significa que um dispositivo é composto por módulos capazes de serem trocados/atualizados e de funcionarem em conjunto como se fossem um só dispositivo, e apresentou uma solução para este problema utilizando como exemplo o aparelho mais comum, o smartphone. Desde então nasceram projetos como o Project ARA e o BLOCKS, o smartphone e o smartwatch modulares respetivamente.

As vantagens de dispositivos modulares são evidentes, desde a personalização ao gosto do próprio utilizador, da capacidade de acompanhar a evolução tecnológica, de combinações de módulos quase ilimitadas e até de ficarem mais em conta, pois quando algo necessita ser atualizado não é necessário comprar um dispositivo completamente novo. Todos nós beneficiamos com este conceito que provavelmente será o futuro.

Relativamente ao BLOCKS, este smartwatch é o primeiro do mundo a ser composto por módulos e, ao contrário do Project ARA que foi adiado até ao próximo ano, está a cumprir o planeamento à risca e até pode chegar às mãos dos consumidores mais cedo do que o previsto. Mais especificamente, o BLOCKS é composto por vários módulos que, por sua vez, são as peças que compõem a bracelete do relógio, o que é um excelente uso de espaço e de materiais e, pelos vistos, resultou e tudo está a funcionar em conjunto tal como devia.

Este sistema de módulos permite que os utilizadores escolham aqueles que trazem as funcionalidades que necessitam e que os módulos sejam facilmente trocados por outros com outras funções ou simplesmente por outros mais recentes. Assim o BLOCKS estará sempre atualizado e completamente ao gosto do utilizador.

A equipa por detrás do BLOCKS realça também o facto de terem desenvolvido o smartwatch com o objetivo de este ser intemporal, no sentido de “evoluir” juntamente com os avanços tecnológicos.

Para além disso, o projeto é open source o que significa que qualquer um pode desenvolver módulos e software para o mesmo, o que vai aumentar certamente a variedade de módulos e funcionalidades, atingindo também mais público com o processo.

O BLOCKS está, neste momento, no Kickstarter, em processo de angariação de fundos. O valor mínimo divulgado pela Phoneblocks, a empresa por detrás do BLOCKS, é de 250.000$ contudo o valor angariado já vai nos 400.000$, o que é simplesmente extraordinário, resultado do investimento de 1460 pessoas.

Neste momento, já estão disponíveis módulos de bateria extra, sensor de batimento cardíaco, GPS, NFC, sensores de altitude, pressão e temperatura, cartão SIM, sensor de impressões digitais, luz LED, sensor de qualidade de ar, câmara fotográfica e sensor de níveis de stress.

Com mais de 1500 desenvolvedores, é muito provável que, daqui a uns meses, exista uma maior variedade de módulos. O módulo principal, chamado de Core, inclui o ecrã do relógio, controlo por voz, Bluetooth, Wi-Fi e uma bateria capaz de durar cerca de um dia e meio. Mais interessante ainda, será o facto de o BLOCKS funcionar com Android e iOS mas será necessária a utilização da aplicação de companhia para configurar o smartwatch.

Os utilizadores depois de receberem o BLOCKS com todos os seus módulos, vão poder trocar entre si os seus módulos, caso já não necessitem deles e queiram um módulo diferente. Para comprar um BLOCKS, apenas com o módulo principal e uma bracelete, têm que ser doados cerca de 195$ ou se alguém quiser comprar 30 BLOCKS completos pode desembolsar até 7.800$.

Um projeto que nasceu de uma ideia e que acabou por se tornar um conceito, que está a dar frutos e revela sinais de um futuro cada vez promissor.

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