Xiaomi rendeu-se à MediaTek com os novos Xiaomi Redmi 6

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 3 min.

A Xiaomi é atualmente uma das maiores fabricantes mundiais de smartphones e dispositivos móveis Android. Agora, com o eu mais recente Xiaomi Redmi 6 a empresa optou por utilizar processadores da MediaTek mas será isso algo...mau?

De uma forma sucinta, não. Neste momento a utilização de processadores MediaTek já não é o pandemónio de outrora. Ora, apesar de a má fama ainda perseguir a fabricante chinesa, os seus novos processadores têm se revelado plataformas capazes.

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Agora, nos novos Xiaomi Redmi 6 e Redmi 6A temos o novo processador Helio P22 e Helio A22, respetivamente. São dois "motores" de gama média e gama média-alta para os novos smartphones económicos da fabricante chinesa.

Note-se que no passado tivemos más experiências com os processadores da MediaTek, não só pela sua performance mas também pela facilidade de atualização. Isto é, a pela facilidade com que os dispositivos que utilizam SoC's da MediaTek no que às atualizações de sistema diz respeito.

O passado (ainda presente) da MediaTek...

Em causa estavam sobretudo os SDK's (System Development Kit). Ferramenta sem a qual não é possível construir uma atualização de sistema. Uma nova versão do firmware para o terminal em questão. Algo que levou muitas fabricantes como a espanhola BQ a abandonar os processadores desta marca e a própria marca em si. Exemplo seguido pela maioria das fabricantes originais de dispositivos móveis ou OEM's.

Ainda assim, sobretudo para o Xiaomi Redmi 6, o mais capaz dos novos terminais de gama baixa, está na hora de dar uma segunda oportunidade à MediaTek. Ciente da responsabilidade que tem sobre os seus ombros, a empresa chinesa não se poderá voltar a descair no quesito das atualizações.

O processador não pode ser um fator limitativo na utilização e fruição de um novo smartphone como este Xiaomi Redmi 6. Na prática temos aqui um SoC (system on chip) composto por 8 núcleos de processamento.

Xiaomi Redmi 6 e Redmi 6A são os mais recentes smartphones da Xiaomi

O Helio P22 da MediaTek apresenta uma frequência máxima de processamento a 2.0Ghz, sendo construído segundo o processo (litografia) de 12nm. Segundo a própria Xiaomi, o novo processador apresenta uma performance 48% superior à do seu antecessor.

Já o terminal em si, o Xiaomi Redmi 6, apresenta-nos 3GB ou 4GB de memória RAM com 32GB ou 64GB de armazenamento. Mais ainda, a utilização de processador da MediaTek permite à empresa chinesa manter os preços sempre muito competitivos.

O Helio P22 emprega núcleos da ARM, mais concretamente os Cortex-A53 para compor o seu alinhamento de 8 núcleos. Para todos os efeitos será uma plataforma capaz e com bastante potencial para nos surpreender pela positiva.

A pouco e pouco, o mercado volta a abrir-se para a Mediatek

Já por outro lado o novo Xiaomi Redmi 6A apresenta-nos características mais modestas e um preço ainda mais em conta. Neste caso temos aqui o processador MediaTek Helio A22 de uma gama mais baixa.

Este processador também é construído segundo a litografia de 12nm, uma das mais eficientes da indústria. Relembro que atualmente, presentes no mercado, os processadores fabricados a 10nm são os mais eficientes e poderosos.

Ainda assim, para o segmento de gama baixa o novo Xiaomi Redmi 6A apresenta-nos o Helio A22 composto por 8 núcleos de processamento. Aqui muito similar ao Helio P22, o novo A22 conta com uma frequência máxima de processamento a 2.0Ghz.

Ambos os Xiaomi empregam a inteligência artificial nas câmaras

Ciente da crescente importância, estratégica ou real, da inteligência artificial, a MediaTek dedicou grandes esforços a este quesito. Dotando os seus novos processadores de núcleos dedicados à IA, temos em ambos os casos os algoritmos de machine learning.

Na prática teremos aqui câmaras fotográficas capazes de reconhecer diferentes tipos de cenas nestes smartphones Android. Câmaras que saberão adaptar automaticamente as definições com base naquilo que estão a ver (ou fotografar).

Em última análise, está na hora de darmos uma nova chance a esta fabricante. Isto sem nunca deixarmos que o passado se repita, para que este sirva de lição. Por outro lado, enquanto os seus produtos se revelarem capazes e benéficos para o utilizador, terão a nossa aprovação e recomendação.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.