O MX Master 4 é a grande aposta da Logitech para 2025. O novo rato de produtividade chegou a Portugal com o mesmo preço do antecessor, 129,99 €, e com o feedback háptico como a grande novidade desta geração.
Característica | Detalhe |
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Conetividade | Bluetooth, Dongle USB-C, Cabo USB-C |
DPI | 200-800 |
Bateria | 650 mAh, 70 dias de autonomia |
Peso | 150 gramas |
Número de botões | 8 |
Como se melhora a perfeição?
A série MX Master da Logitech tem, há anos, uma reputação de ouro no mundo da produtividade. É o rato de eleição para programadores, editores de vídeo, designers e, na verdade, para qualquer pessoa que passe o dia agarrada a um computador e queira a melhor ferramenta para o trabalho.
A pergunta que se colocava era se depois do quase perfeito MX Master 3S, o que mais poderia a Logitech inventar? A resposta chama-se MX Master 4 e, depois de duas semanas com ele na minha secretária, posso dizer-te que a Logitech encontrou uma forma de nos surpreender: pelo toque.
A experiência de utilização: um rato que se sente e se adapta a ti
Primeiro contacto: um luxo silencioso e ergonómico
Ao tirarmos o MX Master 4 da caixa, a sensação de familiaridade está lá, mas tudo parece mais refinado. A forma esculpida que assenta na mão direita como uma luva foi ligeiramente otimizada, com a pega de borracha a ser mais focada nas zonas de contacto dos dedos.
Os cliques principais são uma delícia. Ouves um som baixo e abafado, mas sentes um "click" tátil perfeitamente definido. É o ideal para trabalhar num escritório ou à noite sem incomodar ninguém. Ao pousá-lo no tapete, notas imediatamente o deslizar mais suave, cortesia dos novos pés de teflon maiores que agora contornam a base.
A grande novidade: um rato que "sente" o teu trabalho
A grande novidade, o feedback háptico, é algo que tens de sentir para perceber. Nas primeiras horas, parece uma curiosidade. Mas depois entranha-se. Está lá em pequenos pormenores, como quando o ligamos ou alternamos entre dispositivos. Mas é em aplicações específicas que se sente o grande 'brilho'.
Se estás a editar vídeo no Adobe Premiere Pro, o rato vibra subtilmente quando o cursor passa por cima de um ponto de corte na timeline, como se pequenos ímanes invisíveis te estivessem a guiar. O mesmo acontece, por exemplo, quando estás a usar o Photoshop e encostas uma imagem à zona limite.
O problema é que, como é um produto acabado de lançar com esta novidade, por agora, esta compatibilidade está limitada a poucas aplicações, como o Premiere, Excel e Zoom. O potencial é enorme, mas precisa que mais desenvolvedores o adotem para se tornar verdadeiramente revolucionário.
Mais produtividade: software que te poupa cliques
Onde o MX Master 4 também brilha é na personalização via software. O novo "Actions Ring", ativado pelo botão na asa do polegar, é simplesmente a minha adição favorita neste campo. Em vez de arrastares o cursor até ao menu do Photoshop para trocar de ferramenta, tens acesso a um menu circular com os teus 8 atalhos favoritos diretamente para onde o cursor está.
É uma poupança brutal de tempo e movimento. E isto é válido para qualquer aplicação. Estou a usar bastante para copiar e colar texto enão poupa de facto uns bons cliques. A isto junta-se um novo botão de gestos que, combinado com o movimento do rato, te permite trocar de desktops virtuais ou mostrar todas as janelas abertas libertando-te de atalhos de teclado.
E claro, a função Easy-Switch continua impecável. No meu setup, com um portátil Mac e um PC de secretária Windows, carregar no botão por baixo do rato para saltar de um ecrã para o outro é instantâneo. A melhor parte é que podemos usar os atalhos na "Actions Ring" para nem termos de ir carregar nesse botão quando trocamos de setup.
O básico muito bem feito: autonomia, conetividade e precisão
Um rato destes não vive só de truques novos, e a Logitech sabe disso. A autonomia continua a ser fenomenal. Usei-o intensivamente durante duas semanas e nunca o carreguei. A marca conseguiu manter a promessa de uma autonomia para 70 dias, mesmo com o feedback háptico, pois há uma bateria ligeiramente maior.
E mesmo que a bateria acabe, um minuto de carga através da entrada USB-C frontal dá-te energia para várias horas. A conectividade também foi melhorada. O dongle Logi Bolt é, finalmente, USB-C, uma bênção para quem já só tem portáteis com esta porta, como é o meu caso, e não pretende usar a conetividade Bluetooth.
O único pecado é que continuas sem ter um sítio no corpo do rato para o arrumar. Por isso terá de andar sempre colocado no portátil ou computador de secretária. Por fim, a precisão. O sensor Darkfield de 8000 DPI continua a ser excelente, quer o uses num tapete de luxo, na madeira da tua secretária ou até no vidro da mesa da cozinha. Simplesmente funciona.
Para quem é o Logitech MX Master 4?
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Para os profissionais criativos: editores de vídeo, designers e programadores vão tirar o máximo partido do feedback háptico e dos atalhos personalizáveis;
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Para os "power users" de escritório: se vives em folhas de cálculo, apresentações e com dezenas de janelas abertas, os atalhos do Actions Ring e os gestos vão poupar-te muitos minutos;
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Para quem valoriza a ergonomia: se sofres de dores no pulso ou passas mais de 8 horas por dia no computador, o design deste rato é um investimento na tua saúde;
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Para quem trabalha em múltiplos dispositivos: a capacidade de alternar entre um PC, um Mac e um tablet com um simples clique é excelente.
Vale a pena o upgrade?
A resposta depende de que modelo vens.
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Se vens de um MX Master 3 ou 3S: a não ser que o feedback háptico ou os novos atalhos do Actions Ring sejam essenciais para ti, o teu rato continua a ser uma ferramenta fantástica. O upgrade é bom, mas não é obrigatório;
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Se vens de um MX Master 2S ou mais antigo: vais sentir uma diferença muito grande. A roda MagSpeed, os cliques silenciosos e a precisão do sensor de 8000 DPI são um salto gigantesco. Isto já para não falar do feedback háptico e as Actions Ring. O upgrade vale cada cêntimo;
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Se vens de um rato "normal": prepara-te para algo superior. Vais descobrir um nível de conforto e produtividade que não sabias que era possível num rato.

Conclusão
O Logitech MX Master 4 consegue a proeza de melhorar um produto que já era excelente. As pequenas melhorias ergonómicas, os cliques mais silenciosos e o dongle USB-C são muito bem-vindos. Mas são o feedback háptico e o poderoso software Actions Ring que mostram o caminho para o futuro.
O suporte para a háptica ainda é limitado e o preço de 129,99 € continua a ser um investimento sério, para não falar que continua a ser um produto que exclui os canhotos. No entanto, há que dizer que a Logitech refinou a sua obra-prima e o MX Master 4 reafirma-se como o rei absoluto dos ratos de produtividade.
Consulta todos os detalhes do produto no site oficial da Logitech.