IPTV Pirata: streaming ilegal de combates está na mira da UFC

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 3 min.

Dana White, o homem forte da UFC (o Ultimate Fighting Championship) foi claro na sua ameaça a um fã que expressou publicamente o seu desejo de transmitir ilegalmente um dos próximos combates entre Conor McGregor e Dustin Poirier. O aviso está feito.

Prometendo uma "surpresa" para a distribuição ilegal destes conteúdos através de plataformas de IPTV pirata, contamos assim com novos mecanismos de combate a este flagelo em 2021. Algo que ficaremos a conhecer muito em breve.

Combate com "surpresas" para o streaming através da IPTV pirata

Max Holloway vs. Calvin KattarLeon Edwards vs. Khamzat ChimaevDustin Poirier vs. Conor McGregor3 events in a week. The UFC is headed back to Fight Island! 🏝️ (via @danawhite) pic.twitter.com/EqGzibKet5

— Chamatkar Sandhu (@SandhuMMA) 22 de dezembro de 2020

O combate em questão opõe McGregor a Poirier, tendo lugar em janeiro de 2021 e motivando um fã a expressar o seu desejo de transmitir tudo. Fê-lo, contudo, na rede social Twitter, plataforma pública e as suas intenções não passaram despercebidas.

Prometendo uma "surpresa" e respondendo em tom bastante agressivo, o responsável pela UFC deu a entender que a organização tem novas formas de combate à transmissão ilegal. Ora, isto deixou-nos bastante curiosos quanto aos mecanismos em questão.

Tal como outros desportos e competições exibidos na televisão, o UFC tem sofrido bastante com a IPTV pirata. São transmissões que distribuem o conteúdo, sem licença para tal, contornando assim a mecânica de rentabilização pay per view.

Ameaça direta a um fã que prometeu transmitir o combate

UFC IPTV pirata

Dana White é o presidente da UFC, sendo já conhecido pelo seu feitio pouco comedido como podemos apurar pelo teor da sua resposta no Twitter. Resposta esta a uma promessa de streaming dos combates agendados para a "Fight Island", um dos eventos mais esperados do ano, sobretudo pelo combate entre Conor McGregor e Dustin Poirier.

A "surpresa" causou bastante especulação em torno do seu significado real. Tendo em conta que o autor do comentário aparenta ser um fã genuíno deste tipo de desportos, algumas fontes apontam que a UFC estará a visar, caso a caso, quem estivesse a assistir ilegalmente aos combates. Por outras palavras, quem tem visto as competições através de canais de IPTV pirata.

Por outro lado, algumas fontes sugerem que esta entidade perseguirá e tomará ações legais contra os canais e plataformas de IPTV pirata e não contra os utilizadores. Até ao momento não sabemos qual destas hipóteses se realizará.

A UFC quer combater o streaming ilegal

IPTV

Não sabemos que opções tem a UFC ao seu dispor para conseguir impedir o streaming ilegal dos seus combates. Tudo dependerá do tempo, dinheiro e outros recursos que estejam dispostos a investir para derrubar plataformas de IPTV e práticas similares.

Com várias opções ao dispor dos espetadores que queiram fazer stream das competições em direto, torna-se difícil escolher um método como o mais eficaz. Há imensas opções e todas podem surtir frutos, tudo dependerá das expectativas da empresa.

Por outro lado, está a ser preparado nos Estados Unidos na América um novo pacote legal que agrava bastante este tipo de ilícitos, um documento já submetido ao Congresso. Caso seja aprovado, uma das entidades que dele beneficiará será a UFC.

Note-se que esta proposta legal transformará o streaming ilegal num crime, com punição mais pesada. Algo que tanto a UFC como a NBA têm vindo a pedir há vários anos. A ser aprovada seria o fim da lacuna legal para o streaming ilegal nos EUA.

Na Europa o IPTV pirata é flagelo a combater

Ao passo que nos Estados Unidos da América existe uma lacuna legal que exclui o streaming ilegal dos ilícitos penais, na Europa o cenário é diametralmente oposto. Operar uma plataforma de IPTV é ilegal e, como tal punível, mas não só.

Assistir aos canais de IPTV pirata também configura um ilícito punível por lei, configurando assim um duplo combate a este flagelo. Isto é, assinar ou subscrever um serviço de IPTV é punível, como o Reino Unido fez saber ao notificar milhares de utilizadores.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.