A última semana trouxe-nos alguns relatos preocupantes para com a aparente invulnerabilidade dos Apple iPhone aos olhares indiscretos e sistemas de rastreio do utilizador. Agora, temos mais informações apontando nesse mesmo sentido, levando-nos mais uma vez a questionar o quão privado, afinal, é o nosso iPhone.
Em causa está a investigação feita pelos peritos de segurança Tommy Mysk e Talal Haj Bakry que continuam a acrescentar novos capítulos à sua saga de Privacidade do iPhone. Centrando as suas investigações nos dados passíveis de identificar um utilizador específico e como é que esta informação é salvaguardada, ou não, pelo software e hardware da Apple.
Privacidade no Apple iPhone é forte, mas não perfeita
O estudo desde duo de investigadores de segurança versou, sobretudo, sobre o parâmetro "dsId", os identificadores de serviço, com dados que podem chegar também ao utilizador. A propósito, esta sigla significa Directory Services Identifier, ou "dsid".
Tal como demos a conhecer na 4gnews em ocasião anterior, as conclusões prévias já apontavam para alguns lapsos e lacunas na inviolabilidade da privacidade no iPhone. Agora, à medida que os investigadores aprofundam a questão, as suas conclusões vêm levantar ainda mais o véu da privacidade no iPhone.
O pior de tudo? Os investigadores descobriram que ao ser gerado um dsId específico para cada conta de iCloud, é possível fazer a ligação a cada utilizador específico.
Ou seja, o Apple iPhone pode, afinal de contas, revelar dados como o nome, data de nascimento, email, e informação adicional associada ao serviço iCloud.
Dados sensíveis podem ser rastreados até ao utilizador final a partir do iCloud
As conclusões do estudo estão já divididas em mais de 5 publicações que podem consultar, na íntegra, através do Fio de Twitter acima. Face à natureza dos dados que podem ser recolhidos sobre o utilizador, o assunto atraiu grandes atenções dos media.
Por outro lado, na página oficial da Apple dedicada às informações de estatísticas e de privacidade, bem como o seu enquadramento legal, a gigante de Cupertino afirma que nenhuma informação colhida a partir do dispositivo para efeitos estatísticos pode ser encaminhada até ao utilizador final.
Apple mantém-se pétrea na defesa da privacidade do utilizador
Mais concretamente, a Apple afirma que todas as métricas colhidas para fins de estudo e estatísticas nunca revelariam o utilizador final. Porém, o estudo em questão, acima publicado através do Twitter, vem colocar em cheque estas afirmações.
Mais concretamente, a Apple afirma que as métricas colhidas para fins de melhoria do serviço e estatística podem incluir detalhes sobre o hardware e sistema operativo. Ademais, colhem também estatísticas de desempenho e informação sobre como é que os dispositivos usam as aplicações. Por fim, a Apple reitera que nenhuma informação colhida pode identificar pessoalmente o utilizador.
A Apple tem, historicamente, uma posição fincada na defesa da privacidade do utilizador. Porém, o estudo em questão vem trazer luz à necessidade da gigante de Cupertino reforçar as garantias de proteção dada aos seus utilizadores.
Pese embora a empresa possa, efetivamente, não recolher e analisar certas métricas que possam identificar o utilizador, o estudo vem mostrar que tal é possível.
Em suma, é algo que, na nossa modesta opinião, é fundamente que baste para um reforço das políticas de privacidade aplicadas aos Apple iPhone e demais dispositivos de Cupertino.
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