De acordo com o especialista Aldo Comi, nos próximos 30 anos, os árbitros podem vir a ser substituídos pela tecnologia de Inteligência Artificial.
A tecnologia no futebol é já uma realidade, através da existência do VAR, e não seria assim tão complicado seguir para o patamar seguinte para eliminar erros e polémicas relacionadas com a arbitragem.
Modelos de Inteligência Artificial podem tomar decisões de arbitragem
Muito se tem falado sobre a integração da tecnologia de Inteligência Artificial em várias áreas da sociedade e agora chegou a vez do futebol. De acordo com Aldo Comi, chefe-executivo do Soccerment, nos próximos 30 anos, os árbitros podem ser substituídos por modelos de Inteligência Artificial.
Uma vez que a tecnologia está já implementada neste desporto através do VAR, existente em Portugal, e da tecnologia de linha de golo no Reino Unido, este passo não é muito difícil de dar.
Diz o mesmo especialista que basta aumentar o número de câmaras presentes em campo e, partir do princípio, que a visão computacional será mais eficaz nos próximos anos.
Afirma Aldo Comi que “a quantidade de dados marcados e a qualidade dos modelos treinados com estes dados vão aumentar exponencialmente e, graças a isso, vão existir modelos de IA que podem tomar decisões de arbitragem com base no que veem em campo. Portanto, podemos chegar ao ponto em que não precisaremos de árbitro algum”.
Antevendo alguma polémica com esta afirmação, o especialista salienta que apenas se refere à forte probabilidade de a tecnologia tornar possível que esta previsão aconteça, não estando a considerar esta uma medida positiva.
Inteligência Artificial pode também ajudar treinadores a montar a melhor tática
Aldo Comi vai ainda mais longe e refere que os modelos de IA, num futuro próximo, podem mesmo funcionar como ferramentas para ajudar os treinadores a montar a melhor tática.
O especialista acredita que se os modelos de IA tiverem dados suficientes de alta qualidade, vão ser capazes de prever algumas probabilidades do que irá acontecer durante o jogo.
Diz Comi que a Inteligência Artificial vai conseguir fazer uma espécie de “análise prescritiva: espera-se que as coisas aconteçam assim e para melhorar as probabilidades tenho 10 ideias”.
Neste caso, Aldo Comi acredita que a Inteligência Artificial não vai substituir os treinadores principais ou adjuntos, mas antes ser “um suporte de qualidade para que os clubes tenham um melhor desempenho”.
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