IA generativa vai sofrer uma desaceleração “e um banho de água fria” em 2024

Mónica Marques
Mónica Marques
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De acordo com um novo estudo, a Inteligência Artificial generativa vai desacelerar no próximo ano e receber “um banho de água fria”, no próximo ano.

As previsões indicam que esta situação pode ficar a dever-se pela implementação de nova regulamentação na União Europeia e também pelos custos elevados associados ao desenvolvimento desta tecnologia.

Modelos de IA generativa estão dependentes de um poder de computação forte

imagem alusiva à Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial generativa pode inverter a tendência de crescimento em 2024 Crédito@JuliusH/Pixabay

A empresa de análise CCS Insight acaba de revelar um novo estudo com as previsões para o desenvolvimento e sucesso da Inteligência Artificial generativa. E as notícias não podiam ser mais desanimadoras.

De acordo com a empresa, a tecnologia vai sofrer uma desaceleração e “um banho de água fria em 2024”, já que os custos elevados, risco e complexidade associados vão “substituir o atual hype” à volta desta tecnologia.

“O entusiasmo em volta da IA generativa em 2023 tem sido exagerado e há muitos obstáculos que precisam de ser superados”, explica a referida empresa. Por outras palavras, modelos de IA generativa como o ChatGPT estão dependentes de um poder de computação forte para executar operações complexas como responder às solicitações do utilizador.

Para executar estas tarefas necessitam de componentes, mais especificamente, processadores de potência elevada e que têm custos bastante elevados. Por essa razão, empresas como a Google, Amazon e Meta estão a desenvolver os seus próprios chips para IA generativa.

União Europeia pode ditar regulamentação para IA generativa

Outro dos obstáculos que a IA generativa enfrenta são as preocupações das autoridades governamentais em relação a questões como privacidade e direitos de autor. Por essa razão, a União Europeia está já a trabalhar numa nova regulamentação para esta tecnologia e poderá ser esta entidade a ditar a legislação para o resto do mundo.

Ainda que as empresas por trás desta tecnologia acolham bem a legislação, já divulgaram que também têm preocupações nesta área. Sam Altman, CEO da OpenAI, prefere que uma organização independente lide com as complexidades da IA generativa e licencie a tecnologia.

Já a Google pediu “uma abordagem multifacetada e multissetorial” para a legislação de IA generativa.

Para já, ainda não são conhecidas informações sobre a possível legislação a ser implementada, mas pelo cenário atual é possível prever muita controvérsia e avanços e recuos até à legislação final.

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Mónica Marques
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Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt